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Site do Senado Federal apresenta documentos sobre epidemias no país a partir de 1826

Linha do tempo mostra as doenças que receberam atenção dos parlamentares nos últimos dois séculos, com links para documentos históricos (crédito: Agência Senado)

O Arquivo do Senado Federal criou uma página na internet com documentos da atividade legislativa sobre endemias e epidemias que atingiram o Brasil nos últimos dois séculos. São propostas legislativas, pronunciamentos, diários e exposições de motivos produzidos a partir de 1826, no Império, até os dias atuais, com a pandemia da COVID-19. Clique aqui e acesse.

O documento mais antigo, de 1826, é um relato do Visconde de Nazareth, então senador, sobre a morte de 2 mil pessoas provocada pela peste da bexiga – como era chamada a varíola – em Santa Catarina. A página relaciona outras 30 doenças que atingiram e mataram milhares de pacientes desde então, como hanseníase, tuberculose, cólera, peste bubônica, difteria, malária, sífilis, gripe espanhola, poliomielite, doença de Chagas, meningite, aids, dengue, gripe aviária e COVID-19.

Segundo a coordenadora do Arquivo do Senado, Samanta Nascimento, o lançamento da página faz parte da Quarta Semana Nacional de Arquivos, iniciada nessa segunda-feira, dia 8, e que segue até sexta-feira, dia 12. A iniciativa, capitaneada pelo Arquivo Nacional, tem como objetivo promover eventos e aproximar essas instituições responsáveis por arquivos da população.

O site apresenta uma linha do tempo com o ano em que cada doença foi mencionada pela primeira vez nos debates no Senado. No link “Epidemias anteriores à COVID-19”, é possível acessar uma planilha que relaciona todos os documentos legislativos relacionados às epidemias de 1826 a 2020. Uma segunda planilha apresenta as iniciativas em relação ao combate do novo coronavírus. A página mostra, ainda, documentos digitalizados do Império sobre cólera, febre amarela, hanseníase e varíola. Todas as referências têm links para documentos.

Oferta de documentos
O Arquivo do Senado se junta aos esforços da Casa Legislativa no combate à COVID-19, que estão registrados em um site especial. A iniciativa foi motivada também, afirma a coordenadora, pela inserção do Arquivo do Senado no mapa-múndi do Conselho Internacional de Arquivos (ICA), que mostra as instituições responsáveis pela guarda de documentos disponíveis para acesso durante a quarentena.

“Sentimos a necessidade de publicar algo especial, que conversasse com o momento em que vivemos. No início da pandemia no Brasil, recebemos pedidos sobre os documentos relacionados à gripe espanhola e vimos a oportunidade de fornecer ao público tudo o que temos sobre doenças que o Brasil já enfrentou e como o Senado atuou nessas situações”, conclui Samanta.

Fonte: Agência Senado