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Presidente da SBH aponta caminhos para o controle da hanseníase no “Leprosy Bulletin”

Intitulado “Viewing disruption as an opportunity to rebuild”, artigo do dermatologista Claudio Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), divulgado recentemente traz uma análise histórica do problema da hanseníase e seus desafios, além de propor caminhos para o enfrentamento da doença para os próximos anos. O texto foi publicado no Boletim da Hanseníase (Leprosy Bulletin, título original em inglês), da Sasakawa Leprosy (Hansen’s Disease) Initiative.

O texto fala do aumento de 228 mil casos novos por ano, em média, entre 1989 e 1998, em todo o mundo, como consequência de esforços para viabilizar novos diagnósticos com treinamento de profissionais de saúde. E alerta que em 2019 os diagnósticos despencaram em todo o planeta para 202.195, o “pior momento dos últimos 20 anos para o controle da hanseníase”. Já durante o primeiro ano da recente pandemia da COVID-19, em 2020, foram apenas 127.396 diagnósticos.

Salgado aponta que existam pelo menos 4 milhões de pessoas com hanseníase em todo o planeta esperando ser diagnosticadas e que o problema é o que chama de “eliminação do diagnóstico” como resultado da perda de conhecimento sobre a hanseníase, desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o alcance da eliminação da doença como um problema de saúde pública.

O artigo ainda levanta a problemática do diagnóstico de casos com poucos sintomas ou assintomáticos; falta de estrutura e capacitação para identificar, classificar e definir aqueles que precisam de tratamento precoce; a abordagem dos comunicantes saudáveis de pacientes de hanseníase e mesmo dos pacientes que precisam de tratamento estendido ou outras drogas disponíveis, porém não reconhecidas pela OMS para uso em hanseníase, dentre outros desafios.

Mas o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia – sociedade médica que já soma 73 anos de fundação – propõe reconstruir o programa técnico de enfrentamento ao que a SBH classifica como endemia oculta de hanseníase e aponta caminhos. Clique aqui e confira o artigo completo em inglês. O boletim pode ser lido na íntegra ao clicar neste link.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hansenologia