Notícias >

Piraquara inaugura museu que retrata o tratamento da hanseníase no Hospital Colônia São Roque

Crédito da foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Piraquara

Neste mês, foi inaugurado em Piraquara, município localizado na região metropolitana de Curitiba, o Museu São Roque (MUSAR), dentro do atual Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná. Um dos prédios históricos do complexo, construído na década de 1940, foi revitalizado para preservar e expor todo o acervo e a memória do tratamento de hanseníase no antigo leprosário São Roque, que foi um dos maiores hospitais colônia do Sul do Brasil, fundado em 1926.

O projeto do MUSAR foi viabilizado por meio da parceria entre a Prefeitura de Piraquara e a Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (Funeas), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). O município cedeu os profissionais técnicos das secretarias de Cultura, Esporte e Lazer e de Comunicação, responsáveis pela pesquisa e ambientação do local, além dos painéis. Já o governo do Paraná ficou responsável pela cessão e revitalização do prédio histórico e pela disponibilização do acervo.

Durante a solenidade de inauguração, o prefeito de Piraquara, Josimar Fróes, destacou a viabilização desse espaço de referência entregue no município. “O Hospital Colônia São Roque é um local emblemático não só para Piraquara, mas para o Paraná e o Brasil. O MUSAR surge para preservar toda essa memória, perpetuando as histórias de milhares de pessoas que por ali passaram, além de toda a evolução do tratamento da hanseníase e da saúde pública”, ressaltou.

A diretora-geral do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, Maristela Zanella, falou sobre as perspectivas a partir da inauguração. “Foi um espaço concebido a partir do trabalho de profissionais técnicos de muita qualidade. Além de ser um local para que as pessoas visitem e conheçam um pouco da história do Hospital Colônia São Roque, ele será dedicado à produção acadêmica e à pesquisa”, enfatizou.

O MUSAR é o primeiro museu do Paraná que retrata a memória e o avanço do tratamento de hanseníase, além da cultura de hospitais colônia para esse fim, também conhecidos como os antigos leprosários. Tem por objetivo oportunizar para a população e a comunidade acadêmica o acesso a um rico patrimônio cultural, histórico e de pesquisa sobre saúde pública.

Sobre o Hospital Colônia São Roque
Criado inicialmente para o tratamento de pessoas acometidas pela hanseníase – na época conhecida como lepra –, por meio do isolamento compulsório, o Hospital Colônia São Roque chegou a atender cerca de 1,3 mil pacientes simultaneamente, em uma área de mais de 20 alqueires, com edificação de mais de 20 mil metros quadrados. Funcionou por muitos anos como uma cidade independente, que contava com igreja, prefeitura, correios, cinema, mercado, cadeia e residência para pacientes e funcionários.


Fonte:
Prefeitura Municipal de Piraquara