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Participação dos alunos é fundamental para os bons resultados da campanha nacional

Nos próximos dias, alunos das escolas municipais e dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) vão receber o convite para participar da V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose. A expectativa é avaliar mais de 130 mil meninos e meninas, com idades que vão de cinco a 14 anos, no primeiro semestre deste ano.

Em entrevista ao jornal “Bom Dia Paraná”, da RPC, o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides Augusto Souto de Oliveira, reforçou a importância da participação dos estudantes e de suas famílias na iniciativa. “A hanseníase é uma doença contagiosa, infecciosa, e por isso precisamos fazer a detecção precoce desses casos. E os alunos servirão como um radar para ver se há algum adulto do seu convívio que também tem a enfermidade”, disse.

Ele também explicou como serão desenvolvidas as atividades da campanha. “Ela vai funcionar em dois momentos. Em uma primeira etapa, o aluno receberá uma ficha de autorização de participação. E, em um segundo momento, receberá uma ficha de autoavaliação. Os pais precisarão observar, junto com o estudante, se há manchas pelo corpo”, detalhou.

Segundo Oliveira, caso haja alguma mancha suspeita, os profissionais da área da saúde irão chamar esse estudante para uma consulta médica. “Uma mancha suspeita é aquela de cor esbranquiçada ou avermelhada, na qual não há dor e a pessoa não sente nem calor nem frio. A perda de sensibilidade é o primeiro sinal da hanseníase”, afirmou.

O diretor do Centro de Epidemiologia destacou ainda que a hanseníase está controlada em Curitiba e que não há bolsões da doença na cidade. Mas ele ponderou que a enfermidade é estigmatizante e há preconceito com relação a ela, apesar de ter cura. “Nós temos que acabar com isso, pois a hanseníase tem tratamento e a pessoa tem um convívio normal dentro de sua casa, na sociedade e no trabalho. Por isso a importância do diagnóstico precoce e do tratamento dos pacientes com hanseníase”, concluiu.

Clique aqui e confira a entrevista na íntegra.

Com informações do G1/Bom Dia Paraná/RPC