O Ministério da Saúde publicou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Hanseníase, doença crônica e infectocontagiosa que atinge primeiramente os nervos periféricos e a pele. O diagnóstico da enfermidade é feito por meio de exame físico, de teste de sensibilidade (térmico, doloroso e tátil) e de exames laboratoriais específicos.
O documento qualifica as orientações sobre as estratégias para enfrentar a hanseníase, como a detecção precoce de casos, o tratamento com início imediato e a avaliação de contatos – esta com o uso de dois testes recentemente incorporados, incluindo um teste rápido. Essas medidas são importantes para que ocorra a quebra da cadeia de transmissão da doença e para a prevenção de incapacidades físicas. O PCDT orienta, ainda, o acompanhamento psicossocial de pacientes diagnosticados com a enfermidade.
O número de casos de hanseníase no país tem reduzido progressivamente nos últimos anos. O Brasil é o segundo país no mundo no ranking de detecção de casos novos, tendo registrado 17.979 novas notificações apenas em 2020.
Tratamento recomendado para hanseníase
No Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento farmacológico da hanseníase é oferecido gratuitamente e é feito com poliquimioterapia única (PQT-U), que associa três fármacos: rifampicina, dapsona e clofazimina. O esquema terapêutico deve ser usado por um período que pode durar até 12 meses. O PCDT ainda inclui um teste para detecção de resistência a antimicrobianos. Se for confirmada para medicamentos de primeira linha, outras opções terapêuticas estão disponíveis, como minociclina, ofloxacino e, mais recentemente incorporada, a claritromicina.
Após as primeiras doses dos medicamentos, o paciente já não transmite mais a hanseníase. Porém, é necessário concluir adequadamente o tratamento para que ocorra a cura e para evitar o retorno da doença, novas contaminações e resistência a antimicrobianos.
O documento do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase pode ser acessado aqui.
Fonte: Ministério da Saúde