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Ministério destaca que não existe relação entre as vacinas contra COVID-19 e casos de hanseníase

Crédito da foto: Myke Sena/Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde, nos últimos anos, tem desenvolvido ações para aumentar a detecção de casos novos de hanseníase, prevenir as incapacidades e fortalecer o sistema de vigilância. A doença pode causar incapacidade física, principalmente nas mãos, nos pés e nos olhos, mas tem cura, e, quando diagnosticada precocemente e tratada, pode-se evitar sequelas. Atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição no mundo em maior número de casos, entre os países que diagnosticam a doença, ficando atrás somente da Índia.

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos (braços e pernas), com capacidade de ocasionar lesões neurais, podendo acarretar danos irreversíveis – inclusive exclusão social –, caso o diagnóstico seja tardio ou o tratamento inadequado.

É fake news dizer que a vacina contra a COVID-19 causa hanseníase. Não existe comprovação científica de que o imunizante da COVID-19 pode causar a doença. As vacinas contra a COVID-19 aplicadas no Brasil são, além de eficazes, extremamente seguras e apresentam baixa incidência de eventos adversos graves. Os imunizantes podem causar reações adversas, como qualquer outra vacina, que podem ser leves e moderadas. As reações adversas relatadas têm sido, em sua maioria, de leves a moderadas e não duraram mais do que alguns dias.

Tratamento recomendado

No Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento farmacológico da hanseníase é feito com poliquimioterapia única (PQT-U), que associa três fármacos: rifampicina, dapsona e clofazimina. O esquema terapêutico deve ser usado por um período que pode durar até 12 meses. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) ainda inclui um teste para a detecção de resistência a antimicrobianos.

Se for confirmada a resistência aos medicamentos de primeira linha, outras opções terapêuticas estão disponíveis, como minociclina, ofloxacino e, mais recentemente incorporada, a claritromicina. Após as primeiras doses, o paciente já não transmite mais a doença. Porém, é necessário concluir adequadamente o tratamento para que ocorra a cura e para evitar o retorno da enfermidade, novas contaminações e resistência a antimicrobianos.

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Fonte: Ministério da Saúde