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Londrina realiza campanha sobre hanseníase

HanseniaseA Secretaria Municipal de Saúde de Londrina – município localizado no Norte do Paraná – iniciou nesta semana a sua participação na Campanha Nacional de Hanseníase, programada pelo Ministério da Saúde. A abertura foi nesta terça-feira, dia 19, na Escola Municipal Professor Carlos Zewe Coimbra, no Jardim Marabá.

Até o dia 30 de outubro uma equipe formada por profissionais da área de saúde da prefeitura, do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), do Programa de Hanseníase e da 17ª Regional de Saúde visitará seis escolas participantes do Programa Saúde na Escola. O objetivo é atingir um público-alvo de cerca de 1,7 mil alunos, com idade entre seis e 14 anos.

A equipe fará ações informativas e de conscientização sobre a hanseníase também com os professores municipais. A ideia é que os docentes conversem com seus alunos e entreguem formulários para a realização do “método do espelho”. Por meio dele trabalha-se com a autoidentificação da doença.

Ao chegar em casa, as crianças desenham em uma figura que representa o corpo humano quaisquer manchas, caroços e outros sinais que possam apresentar na pele. As folhas são então recolhidas e analisadas pelos profissionais da saúde e, se houver suspeita de hanseníase, as crianças são encaminhadas para uma equipe especializada no tratamento da enfermidade. Quando uma criança é identificada como acometida pela hanseníase, a equipe também avalia seus familiares.

Para a enfermeira-coordenadora Juliana Marques, da Saúde do Adulto, a busca ativa de casos de hanseníase é essencial para o combate à moléstia. “No primeiro semestre de 2014 tivemos dois casos de hanseníase confirmados em menores de 15 anos. Isso revela que há adultos que estão transmitindo o bacilo para as crianças. Nosso objetivo é identificar o maior número possível de cidadãos com a doença, para diminuir o risco de transmissão”, afirma.

Diagnóstico e tratamento
O Brasil é o segundo país do mundo em número de casos de hanseníase, sendo que o primeiro é a Índia. De acordo com a dermatologista Cristina Aranda, da Prefeitura Municipal de Londrina e do Cismepar, 5% da população apresenta predisposição genética à doença. “A identificação rápida dos pacientes acometidos é importante, pois o tratamento inibe o contágio e evita a evolução da enfermidade, que pode levar a consequências graves”, ressalta.

Entre os sintomas da hanseníase estão manchas na pele, perda de sensibilidade, epiderme ressecada, queda de pelos, formigamento e nódulos. A transmissão se dá pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses e espirros) de uma pessoa que têm a doença e não a está tratando. É importante lembrar que assim que o paciente começa o tratamento, ele deixa de transmitir a enfermidade. A pessoa com a moléstia não precisa ser afastada do trabalho ou do convívio familiar.

Todo o tratamento é gratuito e é oferecido pela Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de suspeita, deve-se procurar a Unidade de Saúde mais próxima para avaliação. Londrina possui dois ambulatórios de referência sob orientação de um médico dermatologista: a Policlínica Municipal de Londrina – que atende adultos residentes na cidade – e Cismepar – cujo atendimento é voltado a crianças e adultos de todos os municípios da 17ª Regional de Saúde.

Fonte: Prefeitura Municipal de Londrina