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Estudante brasileiro apresenta projeto sobre hanseníase em Bruxelas

Crédito da foto: Divulgação/Ministério do Desenvolvimento Social

Crédito da foto: Divulgação/Ministério do Desenvolvimento Social

Aos 19 anos, o jovem estudante de Comunicação Social, Raimundo Otávio Ribeiro Neto, morador de Campo Maior, no Piauí, embarcou no último fim de semana para Bruxelas, na Bélgica. Ele está representando o Brasil na Expo-Sciences International (ESIMundi), que começou no domingo, dia 19, e segue até o próximo sábado, dia 25.

Raimundo e Nazaré Andrade, colega do estudante, desenvolveram a pesquisa “Diagnóstico e acompanhamento dos casos de hanseníase nas unidades básicas de saúde na zona urbana de Campo Maior”. O trabalho ganhou o direito de representar o país em um dos maiores eventos científicos do mundo após ter conquistado o título de melhor projeto na II Feira de Ciência e Engenharia do Estado do Amapá.

“É uma satisfação representar meu Estado e meu país. Meu objetivo é levar o projeto para a universidade”, destacou. A viagem está sendo custeada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi).

O estudante desenvolveu o trabalho durante o Ensino Médio no curso profissionalizante de Técnico de Enfermagem, realizado no Centro de Ensino Profissionalizante de Tempo Integral, quando descobriu que seu município apresentava dados preocupantes em relação à hanseníase. “Temos 45 mil habitantes e 80 casos da doença”, contou Raimundo.

Então, os jovens resolveram trabalhar no projeto e realizar o sonho de conscientizar as pessoas – por meio da divulgação em veículos de comunicação – sobre a importância do tratamento da doença. “Multiplicamos a informação para minimizar o preconceito e mostrar que o tratamento é simples, leva de seis meses a um ano”, ressaltou.

Bolsa Família
Maria Amparo, mãe de Raimundo, salientou que a educação sempre foi vista pela sua família como algo essencial para que seus membros pudessem ter uma vida melhor. Até o mês passado, a família era beneficiária do programa Bolsa Família. Maria Amparo utilizava a complementação de renda para alimentação e a compra de remédios. “Na escola, alguns alunos tinham melhores condições. Com o Bolsa Família, conseguimos comprar uniforme, sapatos, material escolar”, contou Raimundo.

A irmã, Jamile Loides Otávio Ribeiro, de 23 anos, também ingressou na faculdade. Ela está cursando licenciatura em Biologia na Universidade Estadual do Piauí, em Campo Maior. No Ensino Médio, fez curso técnico de Higiene Bucal. Ainda concluiu um curso profissionalizante de maquiadora, pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Maria Amparo afirmou que devolveu o cartão do Bolsa Família porque a filha conseguiu um emprego com carteira assinada. “Jamile foi uma das dez selecionadas, entre 80 candidatos, por uma rede de farmácias para trabalhar como operador de caixa. Teve prova de português e matemática, entrevista e teste psicológico”, finalizou.

Fonte: Portal Brasil