A hanseníase é uma das 11 doenças que o Brasil se comprometeu a enfrentar até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil é o segundo país com o maior número de registros da doença no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país foi responsável por cerca de 13% das notificações feitas em 2021, o que equivale a mais de 18 mil novos diagnósticos. Boa parte desses casos foram verificados em meninos e meninas com menos de 15 anos de idade, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Em uma matéria preparada pela Radioagência Nacional, o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), o médico Marco Andrey Cipriani Frade, alerta que esses números da doença no país podem ser ainda mais altos. “Esses dados estão subdiagnosticados. Hoje, a grande dificuldade que nós estamos passando, não somente no Brasil, mas no mundo, é que houve uma acomodação nos números nas últimas duas décadas”, observa o especialista.
Sobre a hanseníase
Doença crônica, infecciosa e contagiosa, a hanseníase atinge os nervos periféricos, a pele e as mucosas, podendo provocar lesões irreversíveis. Por isso, a importância de um diagnóstico precoce, que é feito por exames dermatológico e neurológico. Esses testes são para identificar lesões e alterações, como manchas e falta de sensibilidade.
Leonice Siqueira, de 56 anos, mora em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Após descobrir a doença, a aposentada conta na reportagem da Radioagência Nacional que o maior desafio ao conviver com a enfermidade foi enfrentar o preconceito e o estigma que vêm junto com a hanseníase. Clique aqui para conferir o áudio da matéria.
Importante
Vale ressaltar que a hanseníase tem cura, e que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para a doença, o que começa na atenção básica.
Fonte: Radioagência Nacional