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Cardiopatias congênitas são a terceira maior causa de morte em bebês com até 30 dias de vida

Gabriel Carvalho Domingues, de apenas 6 meses, nasceu com uma cardiopatia grave, grupo de doenças que afetam cerca de 30 mil bebês todos os anos no Brasil e que são a terceira maior causa de morte em recém-nascidos. “Ele já tinha quase 2 meses quando a médica desconfiou da dificuldade dele em respirar e pediu exames”, conta a mãe, Geissebel Flávia Carvalho Silva. Com um diagnóstico não conclusivo, o menino, que nasceu em Guaratuba, no litoral paranaense, foi encaminhado para o Hospital Pequeno Príncipe.

Neste 12 de junho, Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita – doenças caracterizadas pela malformação na estrutura ou na função do coração –, a Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR) apoia o Pequeno Príncipe no alerta para a importância do acompanhamento pré-natal e consultas periódicas com pediatra para obter um diagnóstico precoce e garantir o tratamento adequado da doença. “O ideal seria que todas as gestantes fizessem o ecocardiograma fetal entre 24 e 28 semanas de gravidez, assim conseguimos fazer o diagnóstico ainda na gestação e verificar se o bebê pode precisar de procedimento cirúrgico logo após seu nascimento”, enfatiza a cardiologista pediátrica Cristiane Binotto, do Pequeno Príncipe.

“Quando chegamos aqui, os médicos me informaram que o caso era bem grave. Ele fez um cateterismo e uma correção cirúrgica para forçar o desenvolvimento do ventrículo, que era pequeno. Foram 27 dias de internamento, sendo 20 deles em UTI. Agora, aos 6 meses de idade, ele fez outro cateterismo para verificar se a cirurgia de correção das grandes artérias pode ser feita”, explica a mãe do Gabriel.

Cardiologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe, Cristiane Binotto

Também é fundamental que os pais fiquem atentos a sinais que os bebês podem apresentar e que podem indicar uma cardiopatia congênita. “Língua roxa, cansaço, dificuldade em mamar, dificuldade em ganhar peso e choro sem consolo são alguns desses sintomas. Quanto antes for diagnosticado e o tratamento iniciar, a expectativa de vida se torna muito próxima ao normal. Além do desenvolvimento do paciente acontecer de maneira muito boa”, completa a cardiologista.

Referência
O Serviço de Cardiologia do Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, é referência no atendimento de pacientes com cardiopatias congênitas e recebe, todos os anos, pacientes com essas enfermidades, sendo que muitos deles são submetidos a procedimentos cirúrgicos. É o serviço que realiza o maior número de atendimentos ambulatoriais no país e o segundo em número de cirurgias. Também é o principal no que se refere a procedimentos em recém-nascidos até 30 dias.

Conta com profissionais altamente capacitados além de uma estrutura exclusiva de atendimento e internação, incluindo UTI. Somente em 2020, o Serviço de Cardiologia realizou 4.054 atendimentos ambulatoriais, 402 cirurgias e três transplantes de coração. No mesmo período, registrou 678 internações e mais de 9,2 mil exames entre cateterismos, eletrocardiogramas, ecocardiogramas e eletrofisiologia. Em 2021, o Hospital chegou à marca de 15 mil cateterismos.

Fonte: Hospital Pequeno Príncipe