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Campanha Pra Toda Vida conta com apoio da Associação Eunice Weaver do Paraná

Por mais um ano, a Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR) apoia a Campanha Pra Toda Vida – A violência não pode marcar o futuro das crianças e adolescentes, realizada pelo Hospital Pequeno Príncipe. A iniciativa marca a data de 18 de maio, quando é lembrado o Dia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes.

Em 2019, a campanha tem como mote “Você pode salvar vidas. Denuncie!” e tem como objetivo conscientizar a população para a importância da denúncia de casos suspeitos de violência, abusos e maus-tratos contra crianças e adolescentes. A meta é reforçar a ideia de que o cuidado e a proteção dos meninos e meninas são de responsabilidade de toda a sociedade, e que em uma atuação conjunta é possível transformar a vida de cada um deles.


Sobre a campanha
O Hospital Pequeno Príncipe, que completa 100 anos em outubro, atua na proteção e na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Desde a década de 1970, a instituição mobiliza seus colaboradores e parceiros para agir em casos de maus-tratos e violência contra meninos e meninas. Em 2006, em mais um passo para fortalecer a mobilização da sociedade sobre o tema, o Pequeno Príncipe lançou a Campanha Pra Toda Vida, realizada todos os anos em 18 de maio.

A iniciativa promove a capacitação de profissionais das áreas da saúde e educação para reconhecer os sinais de violência e mobiliza e conscientiza a população, bem como incentiva a denúncia. O Hospital – que integra a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência – também mantém o Programa Proteger, que, desde 2007, oferece acompanhamento psicológico, inclusive após a hospitalização, a meninos e meninas vítimas de violência.

Dados alarmantes
Somente em 2018, o Hospital Pequeno Príncipe atendeu 586 crianças e adolescentes vítimas de violência. Desses casos, 76% aconteceram em ambiente doméstico/intrafamiliar; 56,1% foram de violência sexual; 65,8% das vítimas eram meninas; e 66,4% aconteceram na Primeira Infância – ou seja, a criança tinha entre zero e seis anos de idade. A vítima mais nova atendida em 2018 foi um bebê de 10 dias, vítima de violência física, que deu entrada no Hospital com traumatismo craniano. A vítima mais nova de violência sexual tinha apenas três meses de vida.

Dependendo da idade, as crianças não sabem se comunicar verbalmente e, por isso, é de extrema importância que as pessoas próximas percebam mudanças de comportamento, marcas pelo corpo ou indícios de que ela está sofrendo algum tipo de agressão. “Muita gente acha que os pais são ‘donos’ da criança, mas isso não é verdade. É responsabilidade de toda a sociedade proteger esses meninos e meninas”, reforça a psicóloga do Pequeno Príncipe, Daniela Prestes, uma das responsáveis pelo atendimento de vítimas de violência.

Com informações do Hospital Pequeno Príncipe