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Brasil é o segundo país no mundo onde há mais casos de hanseníase

Uma das doenças mais antigas da humanidade, chamada de lepra até 1976, a hanseníase é uma infecção que atinge a pele, o sistema nervoso e eventualmente outros órgãos. A forma como se manifesta ainda provoca preconceito, porém tem cura, e o tratamento é oferecido pelo SUS.

Segundo a dermatologista especialista em hanseníase, Ewalda von Rosen Seeling Stahlke, a doença ainda é um problema de saúde pública em muitos países. Em 2012, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 105 países/territórios apresentaram casos, totalizando 182 mil pacientes em tratamento.

“O Brasil só perde para a Índia em número de casos”, aponta a especialista. Dos 219 mil novos casos identificados em 2011, 34 mil são no Brasil, enquanto a Índia concentra 126 mil. Condições precárias de vida, desnutrição, alto índice de ocupação de moradias, e outras infecções simultâneas são fatores de risco que contribuem para esses números.

O Paraná, em 2012, registrou 996 novos casos; a maior parte na região metropolitana de Curitiba, sendo 74 em homens e 33 em mulheres. Mas o número total de pessoas doentes no estado apresenta queda constante nos últimos dez anos.

“Graças às diversas campanhas de divulgação, a hanseníase tem sido diagnosticada e tratada. O período de incubação varia de dois a cinco anos, ou seja, desde o momento em que se adquire a doença até que ela se manifeste, e 90% da população têm defesas contra a doença e nunca a desenvolverá”, afirmou.

Seminário
A hanseníase é provocada pelo bacilo de Hansen, que pode atingir crianças, adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e prolongado com o agente transmissor. Pode causar incapacidade ou deformidades, quando não tratada ou tratada tardiamente. O tratamento é oral e fornecido pelo sistema público de saúde. Pode durar de seis meses a um ano e, se iniciado precocemente, não deixa sequelas no paciente.

Para tratar mais sobre o tema, a Associação Eunice Weaver do Paraná promoverá, com apoio do Complexo Pequeno Príncipe, o Seminário Internacional de Doenças Infecciosas – Hanseníase no dia 25 de outubro. A abertura será às 19 horas, na Faculdades Pequeno Príncipe. A inscrição para o seminário é gratuita e pode ser feita pelo e-mail eventos@hpp.org.br.

O diretor de Pesquisa do Laboratório de Genética Humana em Doenças Infecciosas, da Faculdade de Medicina Paris Descartes e Instituto de Doenças Genéticas (IMAGINE), Alexandre Alcaïs, é o convidado especial do evento. Ele abordará o tema Suscetibilidade genética à hanseníase. No laboratório francês, os pesquisadores têm como objetivo, por exemplo, identificar os fatores genéticos determinantes à suscetibilidade a doenças infecciosas comuns. A dermatologista Ewalda von Rosen Seeling Stahlke apresentará um quadro sobre a doença, visando a formação de multiplicadores de informação.

Associação Eunice Weaver do Paraná
Desde sua fundação, em 1941, a Associação Eunice Weaver do Paraná participou ativamente da assistência à saúde. Inicialmente, a ênfase era para os filhos sadios de hansenianos.

Ela mantém alianças com o poder público e outras organizações líderes para promover a pesquisa científica, o atendimento médico, educacional e social a crianças e adolescentes, com ênfase aos filhos sadios de hansenianos. Para entrar em contato com a Associação Eunice Weaver do Paraná, acesse este site, envie um e-mail para o endereço contato@aew.org.br ou telefone para (41) 3151-3916.

SERVIÇO
Seminário Internacional de Doenças Infecciosas – Hanseníase
Dia:
25 de outubro de 2013
Horário: 19h
Panorama da hanseníase no Paraná – Dra. Ewalda von Rosen Seeling Stahlke (Curitiba)
Suscetibilidade genética à hanseníase – Dr. Alexandre Alcaïs – Laboratório de Genética Humana em Doenças Infecciosas (Paris)
Local: Faculdades Pequeno Príncipe – Avenida Iguaçu, 333
Inscrições gratuitas: eventos@hpp.org.br