O Ambulatório do Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) recebeu o Certificado de Acreditação Internacional pela Joint Commission International (JCI) – maior e mais antiga comissão acreditadora dos Estados Unidos – e pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). Essa certificação é uma forma de comprovar a qualidade e a segurança do atendimento ao paciente e atestar que o ambulatório, que é ligado ao Ministério da Saúde, está alinhado aos padrões de excelência internacional.
Para essa certificação, os ambulatórios são avaliados em todas as suas especificidades: gestão, ensino e assistência. E para atingir o nível exigido pelo certificado, a unidade da Fiocruz teve que passar por algumas adaptações que, segundo a enfermeira responsável pelo Ambulatório, Nádia Duppre, serviram para sistematizar e aperfeiçoar o trabalho. “Esse selo veio coroar a assistência que já fazíamos há muitos anos. No entanto, realizávamos essas ações de uma maneira não adequada aos padrões da JCI. Foi preciso fazer alguns aperfeiçoamentos”, explica Nádia.
Para cumprir as exigências da Joint Commission International, o Ambulatório adaptou suas instalações físicas e sua equipe de profissionais, além de documentar tudo e seguir um programa de qualidade. “Isso tudo tornou o trabalho muito mais fácil, e houve um envolvimento maior da equipe e agora todos são responsáveis por todas as etapas do tratamento”, ressalta a enfermeira.
Em média, 700 novos casos suspeitos de hanseníase chegam a cada ano ao Ambulatório e são realizadas mais de seis consultas anuais. “Nós trabalhamos de uma forma integral: fazemos diagnóstico, tratamento e damos parecer para pacientes de outras unidades de saúde. Somos referência para diagnóstico e intercorrências durante o tratamento”, completa Nádia. Além do tratamento, o ambulatório também trabalha com pesquisas científicas.
OMS elogia programa brasileiro de hanseníase
O Programa de Combate a Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde foi elogiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma das ações reconhecidas pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan, foi a campanha para diagnóstico dos casos suspeitos de hanseníase realizada em escolas brasileiras no último ano.
Sobre a hanseníase
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele. A transmissão ocorre a partir do contato direto com a pessoa doente que ainda não deu início ao tratamento. Os principais sintomas são dormências; dor nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés; lesões na pele (caroços e placas pelo corpo) com alteração da sensibilidade e áreas da pele com alteração da sensibilidade mesmo sem lesão aparente; e diminuição da força muscular.
Vale ressaltar que a hanseníase tem cura; por isso, o diagnóstico precoce é muito importante. O tratamento para a doença é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Portal Brasil