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AEW-PR e Pequeno Príncipe promovem ações de enfrentamento à violência infantojuvenil


O Dia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes é lembrado neste 18 de maio, data em que se reforça a importância do cuidado e da proteção de meninos e meninas, bem como da denúncia da suspeita de maus-tratos. Para mobilizar a sociedade em torno do tema, a Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR) e o Hospital Pequeno Príncipe promovem em 2017 ações que visam contribuir para a luta contra a violação de direitos do público infantojuvenil.

As atividades fazem parte da Campanha Pra Toda Vida – A violência não pode marcar o futuro das crianças e adolescentes, que, neste ano, tem como mote “Quem ama cuida. Quem cuida protege. Quem protege denuncia”. Materiais de conscientização – como e-mail marketing, flyer e posts em redes sociais – começaram a ser divulgados nesta semana.

Outra ação é a distribuição de 5 mil exemplares de dois manuais de enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes, voltados a profissionais das áreas da saúde, educação e assistência social. Unidades básicas de saúde, creches, escolas e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), por exemplo, de Curitiba e Foz do Iguaçu receberão o material a partir deste mês. Também serão entregues livros de poesia sobre o autocuidado contra maus-tratos e agressões, voltados a crianças de três a 12 anos. A impressão das publicações foi possível a partir de um projeto viabilizado pela Itaipu Binacional.

Dados tristes e alarmantes
A Campanha Pra Toda Vida é uma iniciativa do Hospital Pequeno Príncipe, que é referência no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência e que, desde a década de 1970, mobiliza a sociedade na luta contra a violação dos direitos de meninos e meninas. Neste ano, a instituição divulgou um dado preocupante: em 2016, 533 casos de maus-tratos e agressões foram atendidos no local, um número 28% maior do que o verificado em 2015.

Segundo as informações do Pequeno Príncipe, 71,1% dos casos ocorreram no ambiente intrafamiliar. Ao todo, 61,2% das vítimas eram meninas e 30% das crianças tinham até dois anos de idade. Sobre os tipos de violência, 54,8% dos casos eram de agressão sexual; 26,6%, negligência; e 15,6%, física. Em 29,1% das situações, não era a primeira vez que o paciente sofria violência. A respeito do agressor, 50,3% deles eram homens, e em relação às cidades onde os casos aconteceram, 44,1% deles eram de Curitiba; 55,2% de outros municípios do Paraná; e 0,7% de outros Estados.

Com informações do Hospital Pequeno Príncipe