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Especialistas se reúnem para discutir aplicação de recursos no combate à hanseníase

Nesta quinta-feira, dia 25, será realizado pelo Ministério da Saúde um webinário sobre o “repasse financeiro alocado para qualificação das ações de hanseníase”. O encontro virtual é uma oportunidade para profissionais de saúde, membros da sociedade civil e ativistas sociais receberem informações detalhadas sobre a Portaria 3.558, de 16 abril de 2024.

A portaria em questão determina o repasse de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde estaduais, do Distrito Federal e municipais. São montantes destinados ao Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde, especificamente para serem alocados no Grupo de Vigilância em Saúde, com o objetivo de qualificar as ações de combate à hanseníase.

O objetivo do webinário é garantir que os profissionais envolvidos estejam bem informados sobre como os recursos devem ser aplicados, assegurando que a execução seja feita de maneira adequada em todas as esferas governamentais.

De acordo com a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (DEDT), Alda Maria Cruz, “o resultado esperado é uma melhoria significativa na qualidade das ações de saúde voltadas para a hanseníase, alinhando-se às metas da Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase. Isso inclui a detecção precoce, o tratamento adequado, a prevenção de incapacidades e a promoção de ações educativas para reduzir o estigma em torno da doença”.

A hanseníase é uma doença que requer uma atenção especial e recursos adequados para sua prevenção e tratamento. Com a realização deste webinário, espera-se que os profissionais de saúde estejam mais capacitados para utilizar os recursos de forma eficaz, alcançando assim os objetivos de controle da doença no Brasil.

Sobre a doença

A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria. Ela afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. A enfermidade é caracterizada por lesões cutâneas que podem ser brancas, acastanhadas, amarronzadas ou avermelhadas e frequentemente apresentam alteração de sensibilidade ao toque, ao calor ou à dor. A doença pode levar a complicações significativas se não for tratada.

A transmissão ocorre principalmente por meio das vias aéreas superiores (por meio do espirro, da tosse ou da fala) de pessoas com a forma não tratada da doença. No entanto, a hanseníase é relativamente difícil de ser transmitida e algumas pessoas expostas ao bacilo não são consideradas importantes fontes de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar. O tratamento é eficaz e disponível gratuitamente no Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia padrão é a poliquimioterapia única (PQT-U), que é uma combinação de três antimicrobianos.

Fonte: Ministério da Saúde