Crédito da foto: Laudemiro Bezerra/SVSA
O Ministério da Saúde promoveu, no primeiro semestre, a Oficina de Geoprocessamento de Indicadores de Hanseníase. Com a participação de representantes de 20 municípios de oito estados e do Distrito Federal, a atividade faz parte do programa de educação permanente continuada em vigilância epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA).
A capacitação foi realizada em dois momentos: o primeiro de forma presencial, em Brasília, com aulas práticas sobre análise de dados epidemiológicos. Em seguida, já no segundo semestre, houve um encontro virtual, no qual os participantes apresentaram a análise dos indicadores de seus municípios, realizada a partir dos ensinamentos da oficina.
O objetivo do evento foi capacitar os profissionais para o manuseio da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) para a criação de mapas desde o nível nacional até o local. “Com análise dos dados e criação de mapas de calor e de áreas com os padrões locais, é possível identificar, por exemplo, as áreas de maior concentração de casos dentro do território e, assim, fortalecer a vigilância e, consequentemente, oferecer diagnóstico e tratamento oportunos”, afirmou a secretária da SVSA, Ethel Maciel.
O Brasil registra hoje o segundo maior número de casos de hanseníase no mundo. São notificados cerca de 21 mil casos novos da doença por ano no país. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento da doença são oferecidos gratuitamente via Sistema Único de Saúde (SUS).
Ações inéditas
Em 2023, o governo federal instituiu a indenização em formato de pensão vitalícia aos filhos daqueles que ficaram isolados em colônias de pessoas acometidas pela hanseníase no século passado e foram separados de seus pais.
Em 2024, o Ministério da Saúde repassou mais de R$ 50 milhões para estados e municípios aplicarem no enfrentamento à hanseníase. Além disso, a hanseníase faz parte do Brasil Saudável, um programa interministerial que atua para eliminar doenças determinadas socialmente no país até 2030.
Fonte: Ministério da Saúde
