O ano de 2024 foi marcado por muitas mudanças na Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR). Desde modificações na área física até adaptações nas atividades realizadas ou apoiadas pela Associação. Os últimos 12 meses podem ser definidos como um período de trabalho com vistas para o futuro, com o desenho de estratégias, projetos e ações que possam beneficiar ainda mais o público-alvo da instituição.
O grande acontecimento do ano foi o início da construção do Pequeno Príncipe Norte, um projeto de expansão do Complexo Pequeno Príncipe – instituição parceira da AEW-PR – e que conta com a parceria da Associação. O empreendimento vai reunir em um único espaço um hospital-dia, um hospital de alta complexidade e um prédio de ambulatórios. Além disso, o Pequeno Príncipe Norte abrigará as sedes do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e da Faculdades Pequeno Príncipe, um centro cultural e um jardim botânico.
O primeiro ano da construção trouxe avanços importantes nas obras, que estão sendo realizadas no terreno da AEW-PR: macrodrenagem, cisternas, demolições e central elétrica se encontram em fase final. Também já está de pé a guarita principal, que organiza o fluxo de veículos e pedestres. Todo o projeto alia premissas de contemporaneidade, qualidade e sustentabilidade, tendo como foco evidenciar o respeito às ciências da vida, preservando os remanescentes de floresta e de campos nativos, com um melhor aproveitamento da água e da movimentação da terra, por exemplo, sem causar danos ao meio ambiente.
Devido às obras do Pequeno Príncipe Norte, algumas atividades realizadas no terreno da Associação Eunice Weaver do Paraná precisaram ser adaptadas ou remanejadas para outros locais, para garantir a segurança dos colaboradores da AEW-PR e de suas instituições parceiras, além do público atendido nessas atividades.
Os 83 anos da AEW-PR
Em 26 de outubro de 2024, a Associação Eunice Weaver do Paraná completou 83 anos de história. São mais de oito décadas marcadas pela atuação em prol de crianças, jovens e adultos, que formam o público-alvo dos projetos e ações realizados pela própria Associação e por suas instituições parceiras. As conquistas alcançadas em todos esses anos são fruto da dedicação diária dos colaboradores da AEW-PR, de seus voluntários e apoiadores – como cidadãos, empresas e diferentes esferas governamentais –, que formam uma verdadeira corrente do bem.
Disseminação de informações à população
No ano de 2024, a Associação Eunice Weaver do Paraná manteve o seu compromisso de divulgar informações de qualidade relacionadas ao seu escopo de atuação, por meio do seu site institucional, bem como de apoiar ações de conscientização e eventos científicos realizados por instituições parceiras, como o Hospital Pequeno Príncipe. No primeiro semestre, por exemplo, a AEW-PR divulgou informações sobre hanseníase, imunodeficiências primárias (erros inatos da imunidade) e cardiopatias congênitas; foi parceira na realização de um evento a respeito de doenças raras; reforçou o alerta acerca do combate à violência praticada contra crianças e adolescentes; e lembrou a importância da educação ambiental, que precisa ser trabalhada desde a infância.
Já no segundo semestre, os destaques ficaram para a ampliação de leis que fortalecem a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a proteção contra a violência que aflige meninos e meninas no Brasil, e a valorização dos voluntários – no Dia do Voluntário Paranaense, em setembro –, que doam seu tempo e talento em prol de quem mais precisa. Além disso, a Associação divulgou informações diversas a respeito da hanseníase, como a autorização do ensaio clínico da vacina LepVax e a regulamentação da pensão para vítimas da hanseníase e filhos separados devido ao internamento compulsório.
Para finalizar o ano, a AEW-PR fez a entrega simbólica de aves natalinas aos ex-moradores do Educandário Curitiba. O presente foi entregue ao longo de dois dias, em momentos que foram marcados por encontros, abraços, sorrisos e lembranças de histórias vividas no local que funcionou no terreno da Associação Eunice Weaver do Paraná. O educandário abrigou, entre as décadas de 1940 e 1980, crianças que eram separadas de seus pais, que tinham hanseníase, durante a época do isolamento compulsório imposto pelo governo às pessoas com a doença.