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Vídeo traz orientações para controle de lesões da hanseníase

A hanseníase é uma doença milenar que tem cura, mas ainda faz muitas vítimas ao redor do planeta, principalmente em países pobres. E, para melhorar a qualidade de vida das pessoas atingidas pela enfermidade, a pesquisadora Camilla Borges Lopes Souza, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da Universidade de São Paulo (USP), lançou neste ano um vídeo que ajuda o enfermeiro a tratar das úlceras neuropáticas, feridas deixadas pela hanseníase no corpo dos doentes.

O tratamento dessas lesões é importante para impedir consequências graves, como amputações. De acordo com Camilla, uma boa assistência à saúde, com procedimentos resolutivos, ajuda a controlar as morbidades. Por isso, a pesquisadora e sua equipe investiram no estudo sobre o tema e na produção do vídeo educativo.

“As instruções que o enfermeiro encontra no material da EERP auxiliam para uma avaliação mais eficaz, segura e com qualidade da pessoa com úlcera neuropática decorrente da hanseníase”, afirma Camilla. O vídeo “Avaliação para manejo da úlcera neuropática associada à hanseníase” pode ser conferido abaixo ou ao clicar aqui.


Sobre a hanseníase
A hanseníase é uma doença muito antiga, com registros que datam de mais de 4 mil anos. A enfermidade é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que foi identificada pelo norueguês Gerhard Henrick Armauer Hansen, em 1873. Apesar de ter cura, muitos ainda adoecem por hanseníase nos tempos atuais. No Brasil, o tratamento para a doença é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas somente em 2016, foram registrados no país, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 28 mil casos novos da doença.

Ao lado de enfermidades como o diabetes, a hanseníase é uma das maiores causas de complicações neuropáticas em todo o mundo. “E dentre as neuropatias, que são lesões em nervos periféricos, as úlceras neuropáticas são consideradas uma das causas mais comuns de amputação, morbidade e mortalidade”, conclui a pesquisadora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.

Fonte: Jornal da USP