O documentário Hanseníase: Recontada, Revivida produzido pela Liga de Hanseníase da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da Universidade de São Paulo (USP), foi premiado no concurso nacional do Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).
O documentário foi lançado em 2015 com relatos de pessoas que viveram o isolamento compulsório. Ou seja, que foram retiradas do convívio social até o final dos anos de 1970. Também há relato de pessoas que viveram a doença mais recentemente e eram voluntárias do movimento Morhan em Ribeirão Preto. “O filme enfatiza, sobretudo, a superação dessas pessoas, suas lutas não só contra a doença, mas contra o preconceito e discriminação”, diz a professora da EERP, Cinira Magali Fortuna, responsável pela liga.
Ela destaca a importância de falar sobre a hanseníase, uma doença negligenciada no Brasil, que ocupa o segundo lugar na quantidade de casos registrados no mundo. “Nesses anos de ensino, pesquisa e extensão sobre o tema, foram desenvolvidos com bolsistas uma busca ativa em unidades de saúde e sensibilização das equipes de saúde e da população a respeito da hanseníase”, recorda Cinira.
De acordo a pós-graduanda Karen da Silva Santos, que participou do projeto, foram quase 30 horas de gravação. “A trilha sonora, exclusiva, é do cantor e compositor, Luis Albertoni”, conta. O curta está disponível no YouTube e pode ser visto ao clicar aqui. O projeto teve financiamento e apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP.
Liga de Hanseníase da EERP
A criação da Liga de Hanseníase foi idealizada por graduandos da EERP que participaram do curso Sensibilização e Atualização em Hanseníase, em setembro de 2013, promovido pelo Centro Acadêmico Marina Andrade Rezende (Camar). De acordo com os organizadores, a liga busca a sensibilização e a capacitação de alunos de graduação e pós-graduação em relação à hanseníase e nas ações de controle da doença.
A liga trabalha com os alunos dos cursos multidisciplinares e multiprofissionais das universidades públicas e privadas de Ribeirão Preto e da região. O grupo, coordenado pela professora Cinira, realiza encontros quinzenais, além de atividades conjuntas com o Grupo de Autocuidado em Hanseníase do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), da USP, e o Morhan, de Ribeirão Preto.
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A Liga de Hanseníase tem apoio da direção, do Departamento Materno-Infantil e Saúde Pública (Misp) e da Comissão de Cultura e Extensão Universitária, todos da EERP, e, ainda, da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, do Morhan, da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) e do Camar.
Fonte: Jornal da USP