Profissionais da saúde interessados em ampliar seus conhecimentos a respeito da hanseníase já podem se inscrever no mais novo curso sobre vigilância, prevenção e controle da doença. Desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), integrante da Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), a oferta é uma ação do Ministério da Saúde e integra a formação na área de Vigilância, composta por 12 capacitações voltadas à temática.
As matrículas podem ser realizadas gratuitamente até o dia 18 de fevereiro de 2018, ao clicar aqui. O curso é autoinstrucional e tem início imediato. A capacitação é destinada, prioritariamente, aos profissionais que atuam ou que possam vir a atuar nas ações de vigilância em saúde e atenção primária, especialmente na prevenção das doenças no âmbito municipal e estadual do Sistema Único de Saúde (SUS). Demais interessados no tema também podem acessar o conteúdo.
Segundo o médico, professor universitário e conteudista do curso, Ricardo Lacerda, a capacitação traz informações atuais e revisadas, com linguagem simples e objetiva, primando pela acessibilidade e fácil absorção do conteúdo. “Pode ser usado tanto para reciclagem de profissionais atuantes na área quanto por estudantes”, destaca.
Com carga horária de 30 horas, divididas em três unidades de 10 horas cada, o curso tem como objetivo oferecer subsídios para a abordagem da hanseníase, tanto no diagnóstico como na conduta. Isso reconhecendo as práticas de articulação e integração das políticas de vigilância em saúde e atenção primária em saúde nas ações de prevenção, controle e monitoramento dos casos da doença.
A ideia é que, ao longo do curso, o aluno compreenda a dinâmica epidemiológica da hanseníase, reconhecendo a magnitude da enfermidade como problema de saúde pública. Para isso, são apresentados indicadores que mostram que, embora a doença esteja erradicada em muitos países, no Brasil, especialmente em determinadas regiões, ainda é considerada endêmica. Além disso, também serão discutidos a importância da notificação dos casos e os prejuízos do estigma da hanseníase para a vida dos pacientes, podendo, inclusive, influenciar o diagnóstico precoce e a conclusão do tratamento.
Lacerda diz acreditar que a forma mais eficaz de lidar com a enfermidade é por meio de diagnóstico e tratamento precoces, interrompendo a cadeia de transmissão e evitando sequelas. Dessa forma, por ser voltado à toda a rede de assistência – agentes comunitários em saúde (ACS), estudantes, técnicos, enfermeiros e médicos –, o curso poderá contribuir para o SUS como um todo.
“Queremos que os conhecimentos repassados e reforçados pela capacitação sejam úteis para a prática profissional diária na avaliação e condução dos casos. Os agentes comunitários podem identificar situações que necessitem de uma avaliação do médico. Estudantes que acompanham o serviço podem ajudar na identificação de um caso que tenha passado despercebido por um profissional com pouca experiência. E, assim, seguimos aumentando as possibilidades de identificação precoce dos casos de hanseníase, beneficiando toda a rede assistencial de saúde e, consequentemente, a comunidade”, finaliza o médico.
Para saber mais sobre esse e outros cursos da rede UNA-SUS, acesse o link www.unasus.gov.br/cursos.
Fonte: Blog da Saúde