Notícias >

Tratamento para hanseníase é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde

Quando o calendário brasileiro alerta para os cuidados com a hanseníase (no último domingo de janeiro), o Paraná investe cada vez mais na descentralização do atendimento às pessoas com a doença, principalmente por meio de informação oferecida à população e capacitação dos profissionais da área da saúde.

Uma grande preocupação é que o número de casos no Paraná vem caindo rapidamente, revela a enfermeira Jaqueline Finau, coordenadora do Programa de Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). “Quando os doentes recebem o diagnóstico já apresentam sequelas muitas vezes severas, indicando que a enfermidade continua ativa e que os casos estão, na verdade, sendo detectados tardiamente”, avalia.

A questão é que, por conhecerem pouco sobre a hanseníase, as pessoas acabam demorando a procurar atendimento médico. E é justamente o diagnóstico precoce que faz a diferença. Embora a hanseníase seja contagiosa, uma pessoa doente deixa de contaminar outros cidadãos assim que tomar a primeira dose do remédio. “Por isso, é muito importante que o tratamento seja feito corretamente até o final, para evitar que a doença volte”, alerta a coordenadora.

Sintomas
A hanseníase afeta os nervos e a pele. As áreas mais atingidas são os braços, as pernas, as mãos, os pés e a face. Quando não tratada ocorre o comprometimento de nervos, músculos e perda da sensibilidade, levando a problemas físicos que podem ser permanentes e incapacitar a pessoa para realizar atividades básicas do dia a dia.

Os sintomas mais frequentes são manchas claras, avermelhadas ou marrons, com perda ou alteração de sensibilidade; caroços dolorosos; e áreas que não suam ou que perdem pelos. Pode haver sensação de formigamento; fisgadas em punhos, cotovelos e tornozelos; e ressecamento dos olhos e narinas a ponto de apresentarem feridas. A transmissão ocorre pelo ar, por meio da fala, espirro ou tosse. Mas para isso acontecer é preciso um contato próximo e prolongado com pessoas que não fizeram tratamento.

Ocorrência
No Paraná, em 2018, foram registrados 534 novos casos de hanseníase. O mais grave é que 13% desses casos já foram detectados com incapacidades físicas severas. A doença, no entanto, tem cura e o tratamento é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medicação é feita com comprimidos tomados diariamente durante seis a 12 meses, dependendo da gravidade da enfermidade. Enquanto não é tratada, a doença continua sendo transmitida para outras pessoas.

Informação
A hanseníase é silenciosa e pode demorar anos para apresentar os primeiros sintomas. Por isso é tão importante estar sempre atento aos sinais e sintomas, que podem facilmente passar despercebidos ou ser confundidos com problemas passageiros. “A melhor forma de prevenção é estar informado e atento a si mesmo”, reforça Jaqueline. “A qualquer sintoma ou sinal da doença, deve-se procurar o sistema de saúde mais próximo”, completa a coordenadora.

Dia de cuidados
Cada Estado realiza campanhas e intensifica a divulgação sobre a hanseníase em épocas diferentes. No caso do Paraná, os eventos são realizados no mês de maio, sendo que em 26 de maio é lembrado o Dia Estadual para Conscientização, Mobilização e Combate à Hanseníase.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde