Para alertar a população e auxiliar no diagnóstico da hanseníase, o dermatologista Marco Andrey Cipriani Frade, colaborador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) São Paulo, por meio da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), apresenta a exposição “Sensibilidade em Cores” de maneira virtual.
Por meio de cores vibrantes, formas geométricas de diferentes tamanhos e poemas emocionantes, além de uma releitura das obras de Piet Mondrian – pintor holandês do século XX –, o especialista busca tornar o abstrato em concreto, sensibilizando e transmitindo as dificuldades de quem sofre com a doença. “A exposição serve como um alerta para a comunidade, mas principalmente aos profissionais de saúde, explicando sobre as formas mais sutis e comuns de manifestação da hanseníase”, ressalta Frade.
Durante a análise, o médico observou que há uma força tátil aplicada quando a doença agride e altera a sensibilidade em pequenos segmentos. Para isso, foram aplicados os monofilamentos de Semmes-Weinstein, instrumento para a variação de sensibilidade funcional dos nervos periféricos. O equipamento varia entre a sensibilidade normal, representada pela cor verde, até a sensibilidade, o nível máximo de falta de sensibilidade, representada pela cor preta.
“Busco demonstrar e apresentar a ferramenta de monofilamentos, para fazer a medida de sensibilidade ao tato fino, também útil para avaliar a eficácia do tratamento antibiótico da hanseníase e a regeneração neural do indivíduo naquela área”, comenta o dermatologista.
A exposição está disponível permanentemente no site da ArtSteps e pode ser acessada ao clicar aqui.
Fonte: Fiocruz