
Hanseníase: o controle da doença começa com o fim do preconceito!
O folder traz informações importantes sobre hanseníase, como o que ela é, o que ela faz e o seu tratamento.
De forma lúdica, pesquisa aborda e conscientiza sobre a hanseníase por meio de história em quadrinhos (Imagens: UFPI)
Uma pesquisa da Universidade Federal do Piauí (UFPI) aposta nas histórias em quadrinhos (HQs) como ferramenta educativa para conscientizar adolescentes sobre a hanseníase. O estudo integra uma dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comunidade (PPGSC), orientada pela professora Olívia Dias.
A hanseníase ainda é cercada de tabus entre jovens de até 15 anos e, segundo dados do Ministério da Saúde, apresenta aumento significativo nos diagnósticos nessa faixa etária. A alta prevalência aponta fragilidades na vigilância e no controle da doença, associadas principalmente à dificuldade no diagnóstico precoce e a limitações das políticas de saúde pública. Diante desse cenário, iniciativas de educação em saúde ganham relevância como estratégia de prevenção e conscientização.
A dissertação “Construção e Validação de uma História em Quadrinhos sobre Hanseníase para Adolescentes”, desenvolvida pela mestranda Ana Paula Carvalho, utiliza o gênero HQ para aproximar o tema do público jovem. Para a professora Olívia Dias, a proposta “fundamenta a educação em saúde com evidências científicas, desenvolvendo e validando métodos e intervenções que capacitam profissionais, orientam políticas públicas e promovem práticas eficazes e equitativas. O uso dos quadrinhos converte informações complexas em uma linguagem visual e narrativa, familiar aos adolescentes, o que aumenta o engajamento, facilita a compreensão de conteúdos sensíveis e contribui para combater estigmas e preconceitos”.
Ana Paula destaca que a HQ tem potencial de impacto direto no nível de conhecimento dos adolescentes. “Muitas vezes, esse público não tem acesso a informações sobre a hanseníase. Quando tomam conhecimento, geralmente é porque alguém próximo já apresenta sintomas visíveis. Nesse sentido, a história em quadrinhos pode preencher uma lacuna essencial”, pontua.
A pesquisadora relata que a recepção dos adolescentes ao material foi bastante positiva. “Quase todos disseram que gostaram, usando palavras como ‘legal’, ‘bonita’ e ‘informativa’. Fiquei surpresa, pois é um tema ao qual provavelmente nunca tinham tido acesso”, comenta.
O trabalho também enfrentou o desafio de adaptar os conteúdos científicos a uma linguagem acessível. “Cada texto foi transformado em diálogos entre personagens, com falas menos formais e mais próximas do universo jovem. Também buscamos equilibrar texto e imagem, criando uma narrativa lúdica que se aproximasse do estilo das HQs já consumidas por esse público”, explica Ana Paula.
O folder traz informações importantes sobre hanseníase, como o que ela é, o que ela faz e o seu tratamento.
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O estudo, que faz parte de uma dissertação de mestrado, aborda tema importante, já que há um aumento significativo nos diagnósticos da doença no público até 15 anos. Confira aqui um trecho da HQ
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