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Paraná comemora o controle da hanseníase

Crédito da foto: Venilton Küchler/Sesa

Crédito da foto: Venilton Küchler/Sesa

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) marcou nesta semana o Dia Estadual de Combate à Hanseníase. Na terça-feira, 26, foi realizado um evento no qual foram destacados os bons índices do Estado no controle da doença. Os dados de 2013 mostram que a prevalência de casos foi de 0,9/10 mil habitantes, o que, pelos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), significa que o Paraná tem o controle sobre a enfermidade.

A meta do Ministério da Saúde em relação à cura de novos casos de hanseníase é de 90%. O Paraná vem superando esse índice com uma média de 93% de cura. O Estado ocupa o primeiro lugar no Brasil em relação ao exame dos comunicantes, examinando 92% dos casos novos.

“Esse avanço só foi possível graças ao comprometimento e trabalho conjunto de gestores, profissionais da saúde, controle social e parcerias governamentais e não governamentais”, comentou o secretário responsável pela pasta, Michele Caputo Neto.

Apesar da queda no número de casos, a chefe da Divisão de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Júlia Cordelini, lembra que não é o momento para baixar a guarda contra a doença. “As ações, como as capacitações de profissionais da saúde, devem continuar, para que consigamos manter a baixa endemicidade em todo o Estado”, ressaltou.

Essas informações foram apresentadas na terça-feira durante evento do Dia Estadual de Combate à Hanseníase, que foi promovido no auditório da Sesa, em Curitiba.

Cirurgias
Em 2012, o Paraná retomou a realização de cirurgias reabilitativas da hanseníase, que não eram feitas no Estado havia dez anos. Os procedimentos são necessários para tratar os pacientes que desenvolveram sequelas devido ao diagnóstico tardio da doença.

De 2012 até este mês, foram registradas 249 cirurgias para correção de sequelas da hanseníase em dois hospitais estaduais – no Centro Hospitalar de Reabilitação, em Curitiba, e no Hospital da Zona Sul, em Londrina.

Atualmente, as filas para a realização de procedimentos reabilitativos estão quase zeradas no Paraná. “Hoje o que mais fazemos são cirurgias preventivas, de desobstrução de nervos, o que é muito mais simples do que a correção de pés e mãos em garra, sequelas que eram comuns por conta do diagnóstico tardio”, revelou a coordenadora estadual do controle da Hanseníase, Nivera Stremel.

Para evitar a cirurgia, é necessária a descoberta da doença nos estágios iniciais. “A implantação das ações de controle da hanseníase visam o diagnóstico cada vez mais precoce; ou seja, quando o cidadão apenas apresenta manchas na pele com falta de sensibilidade. Nessa etapa, o tratamento é mais rápido, tornando desnecessária a intervenção cirúrgica”, destacou Nivera.

Homenagens
Como parte da celebração do Dia Estadual de Combate à Hanseníase, a Secretaria de Estado da Saúde homenageou 12 pessoas que de alguma forma tiveram envolvimento com a causa. Entre os homenageados estava a coordenadora estadual do controle da Hanseníase, Nivera Stremel, que durante 35 anos atuou no controle da doença no Paraná.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná