O Ministério da Saúde participou recentemente do 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop). O evento foi realizado de 13 a 16 de novembro, em Belém, no Pará. O congresso, que marcou os 60 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), contou com a participação de mais de 3 mil pesquisadores, estudantes e profissionais da área da saúde.
Durante a cerimônia de abertura, Cássio Peterka, diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis (SVS/MS), destacou que “nosso papel é garantir saúde de qualidade para todos os brasileiros. Por isso, devemos trabalhar cada vez mais para ampliar essas ações. As parcerias entre governo, entidades nacionais e internacionais e a sociedade civil se mostram como importantes facilitadores desses trabalhos. Estarmos aqui é importante, reunidos para discutirmos temas essenciais para fortalecer o [Sistema Único de Saúde] SUS e ajudar na construção de uma vigilância mais atuante”.
A programação do congresso foi elaborada por um grande grupo de especialistas, e, entre os temas atuais, estavam assuntos como a pandemia da COVID-19, a epidemia de Monkeypox, as arboviroses – com destaque para a dengue –, febre amarela e zika, HIV e HTLV, malária, doença de Chagas, leishmanioses, tuberculose, hanseníase e as vacinas, que assumem um destaque especial pela importância epidemiológica e o impacto gerado na saúde pública.
No primeiro dia de evento, o Medtrop discutiu a situação epidemiológica do sarampo no país, e representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde apresentaram o plano de ação para a interrupção da circulação do vírus. O Ministério da Saúde está empenhado e articulando estratégias para recuperar as coberturas vacinais e a retomada da busca ativa da doença nos serviços de saúde.
Outros temas também foram abordados, como a cobertura vacinal; a vigilância das síndromes gripais, em especial em relação à COVID-19; o programa VigiarSUS; a disseminação do fortalecimento dos serviços de epidemiologia; e a estratégia para eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais.
Visando ao planejamento do controle e combate às arboviroses no Brasil em 2023, representantes do Ministério da Saúde apresentaram, no segundo dia do congresso, o Programa Nacional de Vigilância das Arboviroses (Proarbo), que conta com o suporte de pesquisadores e especialistas. Assuntos como a vigilância dos vírus respiratórios no país, o conceito de saúde única, a malária, a tuberculose e as zoonoses foram amplamente debatidos entre os participantes.
Fonte: Ministério da Saúde