A expansão da regionalização da Saúde é uma das prioridades do governo do Paraná, com os objetivos de ampliar os atendimentos à população e descentralizar os serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado. Diversas ações com foco na Atenção Primária à Saúde (APS) foram efetivadas durante os cem primeiros dias da segunda gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Porta de entrada do SUS e caminho inicial do Sistema de Saúde, a APS apresenta uma cobertura de 85,38% da população paranaense. São 699 postos e 2.014 unidades de saúde no Paraná. Desde o início deste ano, as equipes realizaram mais de 2 milhões de atendimentos individuais e cerca de 2,7 milhões de procedimentos nesses estabelecimentos. Os dados são da plataforma eGestor, que dá acesso a vários sistemas de informação da APS.
“A atenção primária é um dos pilares da saúde pública, desenvolvendo ações de promoção à saúde, vigilância, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, e tem recebido um destaque especial do governo do Paraná. A cobertura de atendimento é ampla, assegurando atendimento integral”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Uma das estratégias que se destacaram no primeiro trimestre de 2023 foi a nova fase do PlanificaSUS. O programa, elaborado para a integração e organização da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) em rede com a APS, deverá ser implantado em mais 450 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Paraná. Em 2022, 423 UBS já haviam sido indicadas para a realização do projeto, totalizando agora 873 UBS que estarão envolvidas nesta ação de fortalecimento do SUS.
É na Atenção Primária à Saúde que são aplicadas as vacinas, fundamentais para prevenção de muitas doenças. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) continua mobilizada na descentralização de doses às Regionais de Saúde, assim como na promoção de campanhas e orientação permanente para a busca ativa das pessoas que precisam receber os imunizantes.
A imunização ganhou destaque no final de março, com a antecipação da campanha de vacinação contra a Influenza. Outra inciativa importante foi o “Dia D”, realizado em 15 de abril nas 22 Regionais de Saúde. Os objetivos foram evitar as formas mais graves de doenças, como a COVID-19 e a gripe, e, ainda, colocar em dia doses atrasadas.
Foram mobilizados mais de 5 mil profissionais da saúde e contabilizadas 308.906 doses aplicadas nos 399 municípios do Paraná, em cerca de 1,3 mil locais da vacinação. Além das vacinas contra a gripe e a COVID-19, houve a oferta de imunizantes para prevenção de outras doenças, entre elas poliomielite, sarampo e varicela.
O Programa Estadual de Fortalecimento da Vigilância em Saúde (Provigia) também ganhou força neste período. O governo do estado anunciou a antecipação do pagamento do programa, no valor de R$ 9 milhões, a todos os municípios, como medida de enfrentamento às arboviroses, como dengue, chikungunya e zika. O recurso financeiro pode ser utilizado para compra de medicamentos e insumos, além de outras demandas voltadas ao combate dessas doenças.
Outras ações
Na segunda quinzena de março, foi formalizado o pagamento de R$ 59,8 milhões para municípios que aderiram aos incentivos financeiros de investimento do governo do estado para a Atenção Primária à Saúde.
Os recursos – que serão destinados à aquisição de novos veículos, equipamentos e kits odontológicos – têm como intuito melhorar a qualidade no atendimento aos usuários SUS, para o contínuo fortalecimento da regionalização de serviços no Paraná. Especificamente para a saúde bucal, o valor destinado é de R$ 14,9 milhões para 185 municípios e refere-se a kits odontológicos que contam com instrumentos planejados para construir salas completas de atendimento.
Saúde mental, cuidado à pessoa idosa, cuidado materno-infantil, redução da mortalidade de gestantes são algumas das assistências à população que necessitam de um olhar humanizado. Nesse sentido, cada vez mais as equipes multiprofissionais de saúde recebem qualificação, com capacitações direcionadas. Há, ainda, o acompanhamento da saúde da população com doenças crônicas, como hanseníase, tuberculose, diabetes e hipertensão arterial.
De 2019 a 2022, foram repassados R$ 195.228.976,13 para a aquisição de equipamentos para as UBS. O recurso permite, por exemplo, a realização de exames, como a coleta de citopatológico do colo de útero, e a solicitação de mamografia, dentre outros exames oferecidos na rede.