Uma informação importante merece destaque quando o assunto é hanseníase. A doença tem cura. E mais: o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser realizado em casa, com o apoio da família. “Qualquer tipo de mancha dormente deve ser suspeita de hanseníase. Nesse caso, é importante que a pessoa vá a uma unidade de saúde para uma consulta”, explica a chefe da Divisão de Vigilância das Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Júlia Cordelini.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.
A transmissão se dá pela convivência por um longo período com cidadãos que são portadores das formas contagiosas e não estão em tratamento. Nesses casos, a hanseníase pode demorar em média cinco anos para se manifestar. Por defesas naturais, mais de 90% da população não terão a enfermidade, por mais que convivam com pessoas infectadas. Mesmo assim, todos que tiverem contato com quem tem hanseníase devem ser examinados na unidade de saúde mais próxima.
A hanseníase afeta primordialmente a pele, mas pode atacar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. O período de incubação é prolongado, e pode variar de dois a cinco anos para apresentar os primeiros sintomas da enfermidade.
É uma doença curável, mas se não tratada pode agravar o quadro – inclusive podem ocorrer deformações de membros. No Brasil, o tratamento da enfermidade é gratuito e está disponível em todas as unidades de saúde do Paraná.
O primeiro e principal sintoma é o aparecimento de manchas de cor parda, pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas afetadas, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica e de pelos, e ausência de transpiração. Quando o nervo da região em que se manifestou a doença é lesionado, causa dormência e perda de tônus muscular na área.
O diagnóstico da hanseníase envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos e teste de força motora, por exemplo. Se o profissional desconfiar de alguma mancha ou ferida no corpo da pessoa, deve proceder exame clínico.