Com o objetivo de apresentar uma ferramenta adicional para o diagnóstico da hanseníase, pesquisadores realizaram um estudo para avaliar as respostas de anticorpos contra a proteína Mce1A em pacientes com a doença. Os resultados da pesquisa foram publicados neste mês na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. A publicação é um periódico científico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que neste ano obteve liderança do fator de impacto na América Latina.
Intitulado “ELISA-based assay of immunoglobulin G antibodies against mammalian cell entry 1A (Mce1A) protein: a novel diagnostic approach for leprosy”, o artigo é de autoria do mestrando Filipe Rocha e coordenado pelo pesquisador Sérgio Arruda, ambos da Fiocruz Bahia. O estudo também contou com a participação de profissionais vinculados a outras instituições de saúde e pesquisa nacionais e internacionais.
O diagnóstico de hanseníase é complexo e novas ferramentas e metodologias são necessárias para detectar casos em estágios iniciais e prevenir a transmissão da enfermidade. O genoma de Mycobacterium leprae contém o gene Mce1A, que codifica uma proteína de entrada de células de mamífero. Os pesquisadores se basearam na hipótese de que a presença de Mce1A na superfície celular poderia ser detectada pelo sistema imunológico do hospedeiro e induzir a produção de biomarcadores sorológicos de infecção e doença por M. leprae.
Para realização da pesquisa, foi feito um estudo transversal envolvendo 89 voluntários (55 casos de hanseníase, 12 contatos familiares e 22 controles endêmicos), no Hospital Couto Maia, em Salvador. Além das respostas de anticorpos contra o Mce1A, foram avaliados contatos domiciliares dos pacientes e da população em geral.
Os achados apontaram que esta nova embalagem de diagnóstico apresenta um método fácil, não invasivo e barato para o rastreio da hanseníase, que pode ser aplicável em áreas endêmicas.
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Fonte: Agência Fiocruz de Notícias