Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, lembrado sempre no último domingo de janeiro – neste ano, no dia 29 –, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou a meta de ter 120 países sem qualquer caso nativo da doença até 2030.
Os registros da enfermidade mostram uma queda de 30% quando comparados aos 200 mil casos anuais diagnosticados antes da pandemia da COVID-19. Essa redução é atribuída a interrupções em programas de saúde naquele período.
Estigma e discriminação
A data lembrada em janeiro tem como tema, em 2023, “Aja agora. Acabar com a hanseníase”. A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) diz acreditar ser possível travar, ainda nesta geração, a transmissão da doença, sobre a qual há registros há mais de 4 mil anos.
Milhões de pessoas vivem com deficiências relacionadas à hanseníase, principalmente em países da Ásia, da África e da América do Sul. Em nível global, existe uma combinação de antibióticos destinada ao tratamento da doença, conhecida como terapia multimedicamentosa, que é distribuída gratuitamente às pessoas com hanseníase. A falta de tratamento pode levar a complicações graves, como incapacidades físicas, lesões neurais e danos irreversíveis.
A Organização Mundial da Saúde apela para o melhor aproveitamento da oportunidade de celebrar as pessoas recuperadas da hanseníase, de aumentar a consciência sobre a doença e de advogar pelo fim do estigma e da discriminação.
Possibilidade de eliminação
A agência da ONU destaca que o tema do ano reflete, ainda, a possibilidade de eliminação da hanseníase. Isso porque existem capacidades e ferramentas disponíveis para interromper a transmissão do Mycobacterium leprae, bacilo transmissor da doença.
A OMS pede também que a data sirva como um momento de reflexão para a atuação imediata, a mobilização de recursos e o impulsionamento do compromisso das pessoas com a priorização da eliminação da hanseníase. Por fim, a agência ressalta a necessidade de se conseguir chegar às pessoas sem acesso ao tratamento da doença, que é evitável, tratável e tem cura.
Fonte: ONU News/Organização das Nações Unidas, com informações do Ministério da Saúde