Quanto mais distantes os doentes estivessem, melhor. Assim sendo, leprosários foram construídos em muitos lugares. Sempre o mais afastado possível das cidades. Sem tratamento e sem perspectivas de cura, esses locais eram verdadeiros cárceres, onde os doentes estavam sentenciados à pena de morte.
Bacilo Mycobacterium leprae. Esse é o nome científico do causador da doença que marginalizou centenas de milhares de pessoas. Enfermidade essa que durante muito tempo foi incurável, mutiladora e discriminatória.
Mas no dia 26 de maio de 1924, em Curitiba, no Paraná, nasceu um anjo que sonhou mudar esse quadro grotesco e, para isso, dedicou a vida a curar a doença e o seu decorrente estigma social. Germano Traple não mediu esforços para lutar contra o mal que ficou conhecido por muitos nomes: lepra, morfeia, mal de Lázaro, mal de Hansen e, por fim, hanseníase.
Um espirro, uma tosse. E a doença viaja pelo ar e vai demorar de dois a cinco anos para apresentar os primeiros sinais e sintomas. Ninguém está livre de pegar a enfermidade. Ela passa de um doente que não está se tratando para o outro. Pode atingir pessoas de todas as idades e classes sociais.
O Dia da Conscientização sobre a Hanseníase foi criado para marcar a data do nascimento do hansenologista Germano Traple. Em parte, para lhe render uma homenagem. Mas principalmente para convencer as pessoas sobre a importância de aderir ao tratamento. Hoje, a doença tem cura.
Fonte: EBC