Durante o ano de 2021, as medidas de segurança estabelecidas em decorrência da pandemia do coronavírus (COVID-19) continuaram impactando a vida e a rotina dos brasileiros. Mesmo com o avanço da vacinação, cuidados essenciais, como o uso de máscara e a prática de distanciamento social, ainda estão presentes, visando a possibilitar o controle e evitar a disseminação da doença. Em decorrência desses protocolos de segurança, o tradicional almoço de confraternização da Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR) deu lugar, pelo segundo ano consecutivo, à entrega de aves natalinas e panetones. A ação busca proporcionar, mesmo com cuidados, uma celebração da história da Associação e daqueles que fazem parte da trajetória da instituição.
A entrega simbólica de aves natalinas e panetones ocorreu nas dependências da AEW-PR, durante os últimos dias 15 e 17, e possibilitou uma forma de celebrar o ano que está encerrando. “Enquanto, infelizmente, ainda não podemos realizar o nosso tradicional almoço de confraternização, esperamos que este singelo momento da entrega de presentes seja representativo dos bons votos de saúde e alegria que desejamos para 2022”, declarou a presidente da Associação, Carolina Pires Fossati Balaroti.
Memórias e reflexões
Os encontros e celebrações realizados na Associação Eunice Weaver do Paraná são sempre repletos de emoção e recordações. Com uma trajetória de 80 anos, a AEW-PR impactou e transformou milhares de vidas ao longo de seu funcionamento, como a de Marceli Jussara Panek, que relembrou os bons momentos que vivenciou no local. “Tenho 60 anos e passei a minha infância toda aqui na Associação, que, antigamente, abrigava o Educandário Curitiba. Tivemos estudo, recebíamos doações do estado, da comunidade, e nada nunca nos faltou. Esse período foi o melhor possível, éramos cercados de muita natureza, de excelentes funcionários e de ótimos cuidados que refletem na nossa vida até hoje”, relatou.
O antigo Educandário Curitiba foi inaugurado em 1943 e acolheu, em sua grande maioria, filhos sadios de hansenianos, trabalho que foi realizado até sua desativação, no final da década de 1980. Entre o misto de emoções proporcionado pela visita à Associação, segundo Rudival Gomes, que morou no Educandário com mais três irmãos biológicos, o que mais se destaca é a gratidão. “Existem muitas coisas que passam na cabeça da gente, mas eu agradeço por ter sido direcionado ao Educandário. Não tenho queixa nenhuma daqui. Hoje, o local já é uma associação, com pessoas diferentes, mas o vínculo é o mesmo. É aquele que nos remete ao passado em que as pessoas acolhiam os necessitados. Mudou-se a direção, mas os princípios e os fundamentos continuam sendo os mesmos até hoje”, concluiu.