A importância do diagnóstico precoce é o alerta necessário nesta Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias, celebrada entre 22 e 29 de abril. Em tempos de pandemia do coronavírus, fase em que manter a boa imunidade faz toda a diferença no combate à COVID-19, o tema exige ainda mais a atenção de toda a sociedade. Este é o alerta feito pelo Hospital Pequeno Príncipe, cujas ações sobre as imunodeficiências primárias (IDPs) são apoiadas pela Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR).
Não é possível afirmar que pacientes diagnosticados com imunodeficiências primárias estão mais suscetíveis ao coronavírus, mas é fato que algumas dessas doenças comprometem a defesa do organismo contra qualquer tipo de vírus. Por isso, nesse momento, o cuidado é fundamental.
De origem genética, as IDPs são um grupo de doenças congênitas, bem diferentes umas das outras, que têm em comum o fato de afetarem o funcionamento do sistema imunológico. As enfermidades atingem uma criança para cada oito mil nascidas vivas. Estima-se que existam mais de 400 tipos dessas doenças. Por conta da complexidade, o papel da família, da escola e de toda sociedade é essencial para o sucesso do cuidado desses pacientes.
“Por se tratar de um grupo de doenças crônicas, o papel da família, da escola e da sociedade é extremamente importante. Para algumas imunodeficiências primárias, o transplante de medula óssea e, mais recentemente, a terapia gênica podem levar à cura. Para todas as demais formas de IDP não há tratamento que promova a cura, por isso, os cuidados e os medicamentos específicos devem ser usados pela vida toda”, ressalta a médica imunologista do Hospital Pequeno Príncipe e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, Carolina Prando.
Apoio psicológico
O diagnóstico de uma imunodeficiência primária exige um suporte emocional da família. Por conta disso, se necessário, é feito também o encaminhamento para o Serviço de Psicologia do Hospital Pequeno Príncipe. “O acompanhamento dos casos com IDPs, por meio de encaminhamentos pela equipe médica ou de enfermagem, ocorre quando esses profissionais percebem que algo está desequilibrado na vida dos pacientes ou familiares e, por conta disso, solicitam a avaliação da psicologia. A partir daí, o serviço vai avaliar como essa família está lidando com o diagnóstico, com a doença e com o tratamento e quais estratégias de enfrentamento está lançando mão para o cuidado da criança”, explica o psicólogo da instituição, Bruno Jardini Mader. O profissional lembra, ainda, que o psicólogo também será responsável por orientações para a adaptação ao tratamento de doenças crônicas, além de oferecer suporte emocional.
Fonte: Hospital Pequeno Príncipe