
Hanseníase: o controle da doença começa com o fim do preconceito!
O folder traz informações importantes sobre hanseníase, como o que ela é, o que ela faz e o seu tratamento.
Serão debatidos no evento os avanços e desafios para o controle da hanseníase (Foto: SBH)
A 19.ª edição do Congresso Brasileiro de Hansenologia, promovido pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), já tem local definido. O evento será realizado no município paranaense de Foz do Iguaçu. O maior evento brasileiro relacionado ao tema apresentará pesquisas que já estão revolucionando a abordagem de pacientes e o tratamento da doença no país, e os avanços e desafios para o controle da hanseníase, além de discutir sobre os direitos humanos de pessoas afetadas pela doença.
O Congresso Brasileiro de Hansenologia ocorrerá no segundo semestre do ano e reunirá os maiores especialistas brasileiros no assunto, além de convidados estrangeiros, organizações de pesquisa, sociedades científicas e gestores de saúde.
Na semana do congresso, será realizada a prova de título em Hansenologia para médicos das áreas de Neurologia, Infectologia, Clínica Médica, Dermatologia, Medicina de Família e Comunidade e Medicina Social.
A hanseníase integra a lista das 20 doenças tropicais negligenciadas listadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E o Brasil é o segundo país com o maior número de casos da doença — ficando atrás, apenas, da Índia, que é o primeiro país em números absolutos de diagnósticos de hanseníase no mundo. A doença tem tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Um dos grandes desafios da doença no Brasil é o diagnóstico precoce. A região Sul do país é a que apresenta os maiores percentuais de novos diagnósticos de hanseníase em pacientes com sequelas irreversíveis. “Esse cenário alerta para uma endemia oculta da doença, pois os pacientes estão sendo diagnosticados em estágios avançados”, alerta o hansenologista Marco Andrey Cipriani Frade, presidente da SBH.
A hanseníase é uma doença neural. O bacilo de Hansen age lentamente, inflamando os nervos. E é nas fases iniciais, em que o paciente apresenta um conjunto típico de sinais e sintomas, ainda não visíveis na pele, que o diagnóstico deve ser feito.
“Não adianta termos tratamento gratuito disponível para toda a população brasileira se a doença é diagnosticada tardiamente, muitas vezes depois que o paciente não tem mais condições de trabalhar, aposentado precocemente em idade produtiva”, ressalta Frade.
A agressão do bacilo nos nervos provoca dormências, dores ou formigamentos por muitos anos. A hanseníase ainda é confundida com várias outras enfermidades, como artrite, artrose e fibromialgia, por exemplo. Por isso, o Congresso Brasileiro de Hansenologia oferecerá curso gratuito para agentes comunitários de saúde da região.
A abertura de inscrições para o congresso e a prova de título serão divulgadas no site do evento. Acesse aqui para mais informações.
Fonte: CRM-PR, com informações da Sociedade Brasileira de Hansenologia
O folder traz informações importantes sobre hanseníase, como o que ela é, o que ela faz e o seu tratamento.
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O estudo, que faz parte de uma dissertação de mestrado, aborda tema importante, já que há um aumento significativo nos diagnósticos da doença no público até 15 anos. Confira aqui um trecho da HQ