O diagnóstico precoce ainda é um desafio quando o assunto são as imunodeficiências primárias (IDPs). E para contribuir com a divulgação desses tipos de doença, que afetam mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo, e marcar a Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias, o Hospital Pequeno Príncipe desenvolveu diversas ações, que contaram com o apoio da Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR).
Foram produzidos conteúdos para redes sociais, que foram divulgados ao longo da semana. Também foi elaborado um fôlder com informações a respeito das imunodeficiências primárias, seus sinais de alerta e a importância do diagnóstico precoce e do tratamento assertivo. Esse material impresso fez parte dos kits entregues aos atletas que participaram da Corrida e Caminhada Pequeno Príncipe, evento realizado no domingo, dia 22, e foram entregues durante palestra promovida para os colaboradores do Hospital, na quarta-feira, dia 25, entre outros momentos.
Palestra
Além disso, profissionais da área de assistência do Pequeno Príncipe participaram de uma palestra que teve como tema “Cuidados integrados em imunodeficiências primárias”. De acordo com a médica imunologista Carolina Prando, 90% dos pacientes permanecem sem saber que possuem alguma IDP. “Cabe a nós estarmos atentos aos sinais de alerta e investigar o sistema imunológico da criança ou do adolescente com suspeita da doença. Após o diagnóstico correto, tem início a rotina de tratamento, que será para a vida toda”, ressaltou ela.
Atividade com pacientes
Para fechar a Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias, os pacientes em tratamento no Pequeno Príncipe puderam, de maneira lúdica e bastante divertida, aprender mais sobre como funciona o próprio corpo. Com desenhos em tamanho ampliado e adesivos que representavam os vírus, bactérias e os soldadinhos – que são as defesas do organismo –, os pacientes tiraram dúvidas e se divertiram durante a atividade. “Foi muito bacana ver o quanto as crianças já sabem sobre o sistema imunológico e o que é saudável. É nossa função, como profissionais de saúde, explicar a elas como o corpo funciona. Sem contar que entender o que ocorre dentro do próprio corpo também ajuda no tratamento”, concluiu a médica Carolina, que conduziu a ação.
Saiba mais sobre as IDPs
O sistema imunológico é responsável pela defesa do organismo. Porém, algumas pessoas podem nascer com modificações em genes desse sistema, alterando a produção ou o funcionamento das células e apresentando infecções de repetição. Essas modificações fazem parte de um grupo de doenças chamado imunodeficiências primárias, doenças raras que acometem em média uma em cada 8 mil pessoas. Existem mais de 300 tipos dessas enfermidades e, em média, o diagnóstico pode levar de sete a dez anos para ser confirmado. No Brasil, estima-se que 170 mil pessoas tenham IDPs. Porém, o Registro Latino-Americano de Imunodeficiências Primárias tem informação de apenas 1.724 pacientes brasileiros.
Com informações do Hospital Pequeno Príncipe