A Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias foi celebrada na última segunda-feira, dia 25, com uma ação realizada pelo Hospital Pequeno Príncipe, em parceria com a Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR) e a Fundação Jeffrey Modell. A atividade teve como objetivo conscientizar o público sobre esse grupo de doenças que atinge cerca de 6 milhões de pessoas ao redor do mundo.
Durante a sensibilização, pequenos pacientes do Hospital, seus familiares, médicos, colaboradores e até mesmo as crianças do Centro de Educação Infantil (CEI) da instituição seguraram bexigas e soltaram bolhas de sabão. A ação ocorreu por todo o Brasil com o apelo de diagnosticar precocemente e tratar as imunodeficiências primárias, que atinge um a cada 8 mil nascidos vivos.
“Em 2015, a International Union of Immunological Societies (IUIS) registrou cerca de 300 genes associados a esse grupo de enfermidades, que resultam em fenótipos diversos, incluindo infecções, neoplasias, alergias, autoimunidade e autoinflamação”, ressaltou a médica imunologista e alergista do Pequeno Príncipe, Carolina Prando.
Quando uma pessoa tem uma imunodeficiência primária, o sistema que defende o corpo fica incompleto e não funciona da maneira ideal. Essa falha no sistema imunológico faz com que os pacientes desenvolvam uma série de infecções de repetição. Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de ser realizado um tratamento específico que aumente a expectativa de vida, com qualidade para o paciente.
Sinais de alerta
Alguns sinais devem servir de alerta para a existência de alguma imunodeficiência primária, como duas ou mais pneumonias no último ano; quatro ou mais infecções de ouvido no último ano; estomatites de repetição ou sapinho na boca por mais de dois meses; infecções de pele ou de órgãos internos (baço, fígado, rim); um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, por exemplo); infecções intestinais de repetição/diarreia crônica; asma grave ou doenças autoimunes; reação à vacina BCG e/ou infecção por micobactéria; infecções de difícil tratamento, que precisam com frequência de internamento para uso de antibióticos pela veia; e história de imunodeficiência primária ou de infecções de repetição na família.
Disseminação do conhecimento
A parceria nesta ação de sensibilização está em sintonia com a linha de atuação da Associação Eunice Weaver do Paraná. Um dos eixos de trabalho da instituição é a disseminação do conhecimento. Assim, são realizadas atividades de apoio à produção científica e cultural, e à articulação para a educação, a saúde, a cultura, a assistência e a mobilização social. A AEW-PR promove anualmente ações de educação, aperfeiçoamento e atualização, além de cursos e palestras a respeito de doenças infectocontagiosas. Ainda no campo da disseminação do conhecimento, a Associação também apoia, por exemplo, palestras e outras iniciativas de conscientização sobre diversas enfermidades.