Hanseníase no Mundo
Dos 122 países considerados endêmicos para a hanseníase, 119 haviam eliminado a doença como um problema de saúde pública, o que significa um atingimento de uma prevalência menor que 1 caso a cada 10 mil habitantes. O Brasil está entre os três que ainda não atingiram essa taxa.
Fonte: WHO – World Health Organization
A maioria dos 213 mil casos reportados no mundo estão concentrados em 17 países com mais de 1000 casos/anos. O Brasil é o segundo com maior número de casos, com aproximadamente 35 mil (2011). Perde apenas para a Índia com 126 mil e fica um pouco acima da Indonésia com 17 mil casos. A soma de todos os outros países não chegam a 50 mil casos.
Hanseníases no Brasil
Os estados do Sul, mais São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal apresentam taxas de prevalência inferiores a 1 caso a cada 10 mil habitantes. Já os estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão presentam prevalências superiores a 6 casos a cada 10 mil habitantes.
Fonte: Ministério da Saúde – SINAN
Hanseníase no Paraná
No Paraná, em 2010, foram detectados 1.220 casos de hanseníase, mas um terço das cidades não apresentaram novos casos. Quando avaliado os três últimos (2009-2011) só 10% não apresentaram casos. Mais da metade dos municípios do Estado tiveram, em 2010, mais de um caso a cada 10.000 habitantes e 4 municípios tiveram mais de 1 caso a cada 1.000 habitantes. Em média o estado apresentou uma taxa de incidência de novos casos de 1,2 a cada 10 mil habitantes.
Fonte: Ministério da Saúde – SINAN
Os casos de hanseníases aumentaram no período de 2001 a 2003, mas a partir de 2004 iniciou uma redução gradual, passando de 1.979 casos em 2003 para 1.220 em 2010. Os abandonos ao tratamento e os óbitos diminuíram a menos da metade dos observados em 2001.
Fonte: Ministério da Saúde – SINAN
Perfil dos Infectados no Paraná
A maioria dos casos registrados é em pessoas de 40 a 59 anos (47%), mas mesmo a doença apresentando longo período de incubação, podendo levar até dez anos para manifestar, foram infectados, em 2011, 10 crianças menores de 14 anos. O aparecimento de casos em crianças e adolescentes, numa área, indica que o bacilo circula livremente nesse local e que a existência de doentes, com alto poder infectante, continua disseminando a doença. Isto exige atenção redobrada dos profissionais nas ações de controle nessa comunidade.
Segunda faixa etária que mais registrou casos foi a de 20 a 39 anos (22%), enquanto que acima de 60 anos de idade foram registrados 28% dos casos. A maior incidência é em homens, 61% dos casos contra 39% das mulheres. A maioria dos casos é observado em pessoas com ensino fundamental incompleto (68%), mas foram registrados casos em todos os níveis de instrução.
Perfil da doença no Paraná
A forma multibacilar, quando há mais de cinco lesões e alta carga bacilar, é a responsável pela maioria dos casos (69%). Os casos diagnosticados como paucibacilares (31%), não transmitem a doença, mas necessitam de maior atenção e acompanhamento das reações e desenvolvimento de incapacidades físicas. Dos casos diagnosticados em 2010, 12% dos infectados apresentaram lesões de incapacidades de Grau II, a mais severa.