O atípico ano de 2020 trouxe a todos restrições por causa da pandemia do coronavírus (COVID-19). Uso de máscara, manter o distanciamento social e evitar aglomerações têm sido alguns dos cuidados que precisam ser observados para preservar a saúde e a vida de todos. Por causa disso, o tradicional almoço anual de confraternização da Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR), que reúne as pessoas que viveram no antigo Educandário Curitiba, não poderá ser realizado neste ano. Mas a instituição não poderia deixar o fim de 2020 passar em branco.
Nessa terça e quinta-feira, dias 8 e 10, a AEW-PR promoveu em sua sede a entrega de aves natalinas, panetones e camisetas. “Neste ano tão desafiador, esta foi uma forma simbólica que encontramos para marcar esta época que é tão aguardada por todos. E seguimos com esperança de que em 2021 estaremos juntos novamente, com o nosso tradicional almoço de confraternização, com muita saúde e alegria”, afirmou a presidente da Associação, Carolina Pires Fossati Balaroti.
Lembranças e emoções
As confraternizações na Associação Eunice Weaver do Paraná são sempre marcadas por muita emoção. A cada ano, são relembradas histórias do tempo em que as pessoas viviam no antigo educandário – que funcionou entre as décadas de 1940 e 1980 –, em momentos que promovem um resgate da história e fortalecem o vínculo entre os ex-moradores do local, reanimando laços de irmandade gerados pela convivência na infância e na juventude. E mesmo sem o encontro entre amigos em 2020, a emoção também esteve presente nos dias da entrega dos presentes.
“Aqui, nós tivemos uma infância muito bonita. Tenho lembranças do pomar, do tanque… A gente teve uma infância que hoje poucas crianças têm. Fomos abençoados”, afirmou Osni de Oliveira Schön, que morou no Educandário Curitiba com mais três irmãos biológicos. “Para mim, isso aqui foi uma escola, um meio de vida que nos ajudou muito. Tínhamos liberdade de ir e vir, fomos bem-educados, tínhamos o carinho dos que estiveram nos auxiliando. Hoje sou casado, tenho cinco netos e filhos maravilhosos. Agradeço a Deus, e espero que no ano que vem, longe dessa pandemia, a gente possa reunir a nossa família aqui de novo e nos abraçarmos”, completou.
O reencontro pessoal com os amigos dos tempos de educandário também é o desejo de Dorival da Silva, que viveu cerca de dez anos no local, para 2021. “Sempre venho nos almoços. Quando estamos aqui sentimos saudade. Tenho saudade de encontrar as pessoas, de participar, de conversar. É muito gratificante estar aqui. Se Deus quiser, voltaremos todos aqui no ano que vem, nos abraçando e com alegria”, concluiu.