A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promoveu nesta semana, em Curitiba, uma capacitação sobre hanseníase. O evento foi voltado a médicos, enfermeiros e outros profissionais da atenção primária e da vigilância epidemiológica da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, e contou com a presença de cerca de 100 participantes.
O diretor do Centro Estadual de Epidemiologia, João Luís Crivellaro, explicou a importância de os profissionais serem agentes ativos no combate à hanseníase. “Nosso objetivo é estimular e capacitar esses profissionais para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno, evitando sequelas e limitações que podem ser causadas pela doença. Os participantes também devem compartilhar o conhecimento com outros profissionais de atenção primária e trabalhar de forma integrada com a vigilância em saúde para ampliarmos nossas chances de um combate efetivo da enfermidade”, afirmou.
A hanseníase ataca os nervos e a pele, causando manchas dormentes no corpo. A doença também aparece em forma de caroços ou nódulos, geralmente no rosto ou orelhas. “Essas manchas não coçam, não incomodam, não doem e nem suam. Por esses motivos, muitas vezes, as pessoas ignoram os sintomas e não conseguem ter um diagnóstico precoce”, ressaltou o chefe da Divisão de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Renato Lopes.
A enfermeira Ivete Villar, de São José dos Pinhais, comentou a importância de estar sempre bem informado sobre a enfermidade. “Capacitações como essas são muito importantes para nós estarmos atualizados e aprendendo cada dia mais. Levamos os conhecimentos para o nosso município e, dessa maneira, podemos prevenir novos casos da doença”, observou.
A capacitação contou com a palestra do dermatologista do Programa Estadual de Combate à Hanseníase, da Sesa, Thiago César Berestinas. O médico abordou assuntos pertinentes a respeito da doença, como diagnóstico e tratamento. Além da apresentação do especialista, foram distribuídos no evento materiais informativos para os profissionais.
A hanseníase no Paraná
Em 2017, foram registrados 561 casos de hanseníase no Paraná. Segundo Lopes, a tendência é que esses números continuem diminuindo. “No Estado, os casos vêm reduzindo e a tendência é que continue assim. Com esta capacitação, vamos formar agentes ativos para fazer a detecção precoce da doença e iniciar o tratamento, para evitar transtornos futuros na vida do paciente”, enfatizou.