A hanseníase é uma doença milenar, mas que ainda causa dúvidas. Com informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, preparamos uma lista de perguntas e respostas a respeito da enfermidade. Confira!
O que é a hanseníase?
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. A enfermidade tem cura, mas se não for diagnosticada precocemente ou tratada, pode deixar sequelas.
Como ocorre a transmissão da doença?
A transmissão do Mycobacterium leprae ocorre por meio de uma convivência muito próxima e prolongada com a pessoa com hanseníase e que não se encontra em tratamento. Pode ocorrer por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Importante: tocar a pele de uma pessoa com hanseníase não transmite a doença. O período de incubação varia de seis meses a cinco anos, e cerca de 90% da população têm defesa contra a enfermidade.
Quais são os sinais e sintomas da hanseníase?
Manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, pouco visíveis e com limites imprecisos, com alteração da sensibilidade no local associado à perda de pelos e ausência de transpiração. Esses podem ser alguns dos sinais de hanseníase. Quando doença afeta um nervo de uma área, podem surgir alguns sintomas, como dormência, perda de tônus muscular e retração dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas. Nas fases agudas, podem surgir caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés.
Como a enfermidade é diagnosticada?
O diagnóstico da hanseníase envolve a avaliação clínica dermatoneurológica do paciente, por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos e avaliação da força motora, por exemplo. Se necessário, também é solicitada uma baciloscopia, na qual é feita a coleta da serosidade cutânea, colhida em orelhas, cotovelos e nas lesões de pele. Por fim, pode ser realizada biópsia da lesão ou de uma área suspeita.
E o tratamento, como é feito?
O tratamento da hanseníase é feito com o uso de medicamentos e pode variar de seis meses a um ano. Após a primeira dose, não há mais risco de transmissão da doença e o paciente pode conviver em meio à sociedade. O tratamento é eficaz e leva à cura, e é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
É possível prevenir a hanseníase?
A prevenção da hanseníase pode ser feita naturalmente. Hábitos saudáveis, alimentação adequada e prática de atividade física, por exemplo, associados a condições de higiene, contribuem para dificultar o adoecimento pela enfermidade. Para que a cadeia de transmissão da doença possa ser interrompida, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, bem como o exame clínico e a indicação de vacina BCG para melhorar a resposta imunológica dos contatos dos pacientes, são fundamentais.