Embora os casos de hanseníase nas Américas tenham diminuído mais de 30% na última década, alguns países ainda registram essa doença, o que mostra a necessidade de manter as medidas de controle para sustentar os avanços.
A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) tem chamado a atenção para o trabalho de detecção proativa e diagnóstico precoce com o objetivo de zerar os casos de deficiência relacionados à hanseníase em crianças.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada por bactérias. Afeta principalmente a pele, os nervos periféricos, a mucosa do trato respiratório superior e os olhos. A detecção precoce reduz consideravelmente o risco de deformidades e incapacidade entre os pacientes. A hanseníase tem cura e o medicamento que é capaz de tratá-la é gratuito em todos os países.
Os novos casos de hanseníase detectados nas Américas diminuíram 35,8% em uma década — de 52.662 em 2004 para 33.789 em 2014, de acordo com dados mais recentes da OPAS/OMS. No entanto, nos últimos cinco anos, foram detectados novos casos da doença em 24 países nas Américas — 94% das ocorrências foram registradas no Brasil.
Apesar de a hanseníase estar presente em 24 dos 35 países da região, todos, com exceção do Brasil, eliminaram a doença como problema de saúde pública (menos de um caso por cada 10.000 habitantes) em nível nacional.
A estratégia para combater a doença tem sido a de aumentar o acesso ao diagnóstico por meio da integração dos serviços de hanseníase para os cuidados de saúde primários e da busca ativa de casos para garantir a detecção precoce e tratamento, sem nenhum custo com a poliquimioterapia para garantir a cura.
Segundo a agência da ONU, o Brasil está trabalhando para conseguir eliminar a hanseníase e reduzir a carga da doença, com um programa sólido que integrou estratégias de maneira inovadora para tratar outras doenças infecciosas negligenciadas.
Fonte: ONU