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Alegria e emoção dão o tom à confraternização da AEW-PR

A alegria e a emoção deram o tom à tradicional confraternização de fim de ano da Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR), que ocorreu nesse domingo, dia 4. Aproximadamente cem pessoas participaram do evento. São filhos de pais portadores de hanseníase, que foram afastados da família na época do isolamento compulsório estabelecido pelo Estado a pessoas com a enfermidade e que foram abrigados no Educandário Curitiba, onde funcionava a antiga instituição.

Junto a seus familiares, eles lembraram histórias ali vividas no passado, além de terem reforçado os laços de amizade surgidos naquela época. Tudo acompanhado de uma deliciosa feijoada e de muita música, além de entrega de presentes para crianças e adultos. O clima permeado pelo sentimento de família foi ressaltado pela presidente da AEW-PR, Ety Cristina Forte Carneiro. “Vocês transmitem isso. Passaram por momentos difíceis e também de superação. O que diferencia o ser humano é isso: a nossa capacidade de amar e, com energia e ajuda dos amigos, superar os desafios”, destacou.

Durante o evento, Ety recapitulou algumas das conquistas de 2016. “Neste ano, iniciamos o atendimento de saúde na Associação. Temos cerca de 70 crianças sendo atendidas. São meninos e meninas com transtorno ou deficiência mental, intelectual, múltipla e, principalmente, autismo. É um trabalho muito bonito”, contou. E aproveitou para desejar um 2017 repleto de alegria, sonhos e realizações. “Sobretudo, que essa energia e amor que vocês têm estejam presentes em suas vidas e nas de seus familiares e amigos”, finalizou.

Tradição
A confraternização de fim de ano na Associação Eunice Weaver do Paraná já é tradição e faz parte de uma das políticas da instituição, que é a de realizar reuniões com os antigos moradores do Educandário Curitiba, que funcionou entre as décadas de 1940 e 1980. Esses momentos promovem um resgate da história e fortalecem o vínculo entre essas pessoas, reanimando laços de irmandade gerados pela convivência na infância e na juventude, período crucial para a formação de identidade e de cidadania.