A hanseníase tem cura. Essa importante informação é destacada em matéria que foi veiculada recentemente pelo programa “Bem Estar”, transmitido pela TV Globo. E mais: o tratamento é oferecido gratuitamente, via Sistema Único de Saúde (SUS), e é composto por comprimidos (poliquimioterapia), com duração de seis meses a um ano. Assim que o paciente começa a tomar os medicamentos, ele deixa de transmitir o bacilo que causa a enfermidade.
Para que o tratamento seja eficaz, é preciso que o diagnóstico seja feito precocemente. A hanseníase é detectada por meio de exames de sangue e também de forma clínica. Portanto, a atenção deve ser redobrada aos sintomas da enfermidade: manchas na pele (brancas ou avermelhadas); falta de sensibilidade ao tato, ao calor e à dor; alteração de pelos; ausência de suor nas áreas afetadas; e perda de força nos membros.
De acordo com o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, Cláudio Salgado, o Brasil enfrenta um problema de falta de diagnóstico. “Nós temos um número de casos da doença muito grande e essas pessoas não estão sendo diagnosticadas. Então, elas ficam com a doença evoluindo e passando a hanseníase para outros indivíduos”, afirma. Por isso, ao verificar qualquer um dos sinais citados acima, deve-se procurar o quanto antes a unidade de saúde mais próxima.
Clique aqui e veja a matéria.
Sobre a hanseníase
A hanseníase é causada por um bacilo, que pode demorar até cinco anos para se manifestar. A doença é transmitida entre pessoas que têm contato íntimo, via oral ou por secreção nasal. A enfermidade atinge, principalmente, a pele e o sistema nervoso periférico. O Brasil é o segundo país no mundo com mais casos de hanseníase e fica atrás, apenas, da Índia. Somente em 2014, mais de 24,6 mil novos casos foram verificados no país. Os Estados com maior índice da enfermidade são Pará, Roraima, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Tocantins.