O Paraná registrou um total de 5.293 casos novos de hanseníase em um período de seis anos, de 2010 a 2015. Segundo dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), somente até novembro deste ano foram verificadas 583 novas notificações da doença. Nos mesmos seis anos, um total de 73 casos novos da enfermidade foram observados na população menor de 15 anos de idade no Estado. Em 2015, foram quatro notificações até novembro.
O coeficiente de prevalência da hanseníase na população em geral no Paraná é de 0,9 caso a cada 10 mil habitantes. No Brasil, o coeficiente em 2013 era de 1,42 casos por 10 mil cidadãos. Para a doença ser considerada eliminada como problema de saúde pública, sua prevalência deve ser de menos de um caso a cada 10 mil habitantes.
Sobre a hanseníase
Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa que atinge principalmente a pele e os nervos. De acordo com o Ministério da Saúde, a sua transmissão se dá pelo contato prolongado com pessoas doentes sem tratamento, por meio das vias áreas superiores. A enfermidade não é transmitida por aperto de mão, abraço e carinho ao doente.
Alguns dos sintomas da hanseníase são o surgimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, além de caroços avermelhados ou castanhos. Algumas áreas do corpo podem apresentar diminuição ou perda da sensibilidade à dor, ao calor e ao tato. Além disso, pode ocorrer dormência nos pés. Ao verificar algum desses sinais, deve-se procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.
É importante ressaltar que a hanseníase tem cura. Seu tratamento é feito com uma combinação de medicamentos e é oferecido de forma gratuita via Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as unidades de saúde. Vale lembrar, também, que o diagnóstico precoce é fundamental. Quanto mais rápido a doença for identificada, mais fácil é o tratamento e evitam-se sequelas.