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Cuidar das crianças e dos adolescentes é responsabilidade de toda a sociedade

O papel de proteger as crianças e os adolescentes é de toda a sociedade. Por isso, neste 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, reforça-se a importância de denunciar os casos suspeitos de violência, abusos e maus-tratos cometidos contra meninos e meninas. Mas para isso, é preciso conhecer os canais de denúncia, bem como saber quais são os tipos de violência e os sinais apresentados por quem é vítima dessas agressões.

As principais formas de violência são a sexual, física, psicológica e a negligência. Na violência sexual, a criança é usada como estimulação e satisfação sexual. Pode acontecer na forma de exploração sexual, pornografia infantil, estupro e atos libidinosos. Na violência física, por sua vez, a força física é usada de forma intencional, deixando ou não marcas evidentes.

Já a violência psicológica consiste na agressão verbal constante, humilhação, ameaça, rejeição, desrespeito e discriminação visando à dominação. Por fim, a negligência é a falta de cuidados quanto às necessidades próprias da idade e condições de desenvolvimento. Pode ser relativa à proteção, à saúde, à educação ou estrutural.


Sinais de violência
É preciso estar atento, também, aos sinais apresentados por crianças e adolescentes vítimas de violência. São eles:
– Lesões na pele não compatíveis com a idade
– Choro excessivo
– Lesões com marcas da arcada dentária de adulto
– Hematomas em várias partes do corpo e de diferentes colorações
– Queimaduras
– Fraturas próximas das articulações, em costelas ou de crânio
– Dentes fraturados
– Desnutrição
– Aspecto de má higiene
– Tristeza
– Medo exagerado
– Distúrbios alimentares
– Agressividade e irritação
– Insegurança
– Isolamento
– Culpa
– Tentativa de esconder marcas no corpo

Dados alarmantes
Somente em 2018, o Hospital Pequeno Príncipe atendeu 586 meninos e meninas vítimas de violência. Desses casos, 76% aconteceram em ambiente doméstico; 56,1% foram de violência sexual; 65,8% das vítimas eram meninas; e 66,4% aconteceram na Primeira Infância – ou seja, a criança tinha entre zero e seis anos de idade. A vítima mais nova atendida em 2018 foi um bebê de 10 dias, vítima de violência física, que deu entrada no Hospital com traumatismo craniano. A vítima mais nova de violência sexual tinha apenas três meses vida.

Campanha Pra Toda Vida
Para mobilizar e conscientizar a população sobre a violência contra crianças e adolescentes, assim como para incentivar a denúncia, o Pequeno Príncipe realiza há 13 anos, sempre em 18 de maio, a Campanha Pra Toda Vida – A violência não pode marcar o futuro das crianças e adolescentes, que conta com o apoio da Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR). Por meio da iniciativa, o Hospital também promove a capacitação de profissionais das áreas da saúde e educação para reconhecer os sinais de violência. Para mais informações, acesse o hotsite da campanha.

Com informações do Hospital Pequeno Príncipe