Crédito das fotos: Américo Antonio/Secretaria de Estado da Saúde
O Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, recebeu em setembro mais um incentivo do Governo do Estado. Foi autorizada a ordem de serviço no valor de R$ 771,5 mil para reformas e reparo na instituição. O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, anunciou, ainda, um novo edital de chamamento público para a contratação de novos profissionais da área da saúde, no valor de R$ 200 mil.
Durante o evento, também foi inaugurada a Ala de Dermatologia e Feridas Dr. Germano Traple, possibilitando o atendimento ambulatorial e internamentos para casos de hanseníase, pênfigo (fogo selvagem), psoríase, eczema, ulcerações de pele entre outras dermatoses, além da realização de biópsia. A unidade é referência no Paraná para o tratamento de doenças graves, como a hanseníase. O hospital é quase centenário, criado em 1926 com o nome de São Roque.
O vice-governador Darci Piana acompanhou a solenidade, visitou a unidade e destacou os investimentos na área da saúde. “Essa é uma preocupação do governo do estado, buscando ajuda com nossos parceiros e apoiadores para trazer dignidade para quem precisa de atendimentos. É desta maneira que queremos dar continuidade às ações”, afirmou.
O Hospital de Dermatologia recebe pacientes de 44 municípios das 1ª, 2ª e 6ª Regionais de Saúde. Atualmente o ambulatório conta com 21 consultórios, nove salas de curativos, sala de reabilitação, duas salas de pequenos procedimentos cirúrgicos e setores de apoio.
“Há um ano e meio não tínhamos praticamente nenhuma consulta no hospital. Não tínhamos ambulatório. Hoje já temos e esse espaço permite mais de 2.700 procedimentos por mês. Com esse novo edital teremos mais de 7 mil consultas médicas/mês e vamos ter condições de ampliar e muito os atendimentos”, disse Beto Preto. “É importante frisar que o cidadão que mais precisa do Sistema Único de Saúde é quem queremos que se beneficie dessa nova revitalização e investimento no hospital, que tem quase 100 anos”, completou.
Além da dermatologia, a instituição faz consultas vascular e de cardiologia, com equipe multiprofissional em fisioterapia, nutrição, psicologia, serviço social e terapia ocupacional com confecção de palmilhas, curativos especiais e serviço de fototerapia.
Reforma
Instalado em área de 42 alqueires, o hospital atualmente integra os planos de ampliação e descentralização dos serviços da saúde do governo do estado. Nessa reforma serão feitos reparos gerais em 11 edificações, o que garantirá a ampliação do atendimento. Estão previstos serviços de reparos em cobertura, pintura interna e externa, troca de forro, pisos, revestimentos, portas e instalações sanitárias, além de pintura completa em todo o complexo hospitalar, no total de nove mil metros quadrados.
É uma das unidades hospitalares mais antigas do Estado e durante 60 anos foi voltado para atendimento de pacientes com hanseníase. Francisca Barros da Silva, que é coordenadora do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase do Paraná (Morhan), destacou que o momento é ímpar. “Há 20 anos, quando comecei meu tratamento aqui, sofríamos muito preconceito. Hoje não. Os atendimentos são humanizados, e podemos andar dentro do hospital normalmente. Está tudo muito melhor”, ressaltou.
Histórico
Em 1926, quando iniciou as atividades, o São Roque era de responsabilidade de uma congregação religiosa que atendia os enfermos, transportados até o local de trem. Após 1983, quando foi descoberta a cura e o controle para a hanseníase, foi abolida a prática de isolamento compulsório e o hospital perdeu sua condição de colônia, passando a ser chamado de Hospital de Dermatologia São Roque. Em 1990, a unidade hospitalar foi renomeada como Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, já sob gestão do Estado.
